Publicado em 12 de agosto de 2021 às 14:46
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), negou nesta quinta-feira (12) que tenha qualquer relação pessoal com Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, que negociou contrato para a venda da vacina Covaxin ao governo, e também da empresa Global, que aplicou calote no Ministério da Saúde quando o deputado era ministro. >
Barros foi questionado pelo pagamento antecipado, quando era ministro, de R$ 20 milhões para a Global, que acabou não cumprindo o contrato e o cronograma de entrega de documentos para doenças raras. A Global é do mesmo grupo da Precisa Medicamentos. >
O parlamentar afirmou que o pagamento era legal, pois há uma portaria que prevê essa prática em casos envolvendo decisões judiciais. Barros também afirmou não ter responsabilidade pela morte de pacientes portadores dessas doenças. >
"Não se relacionam as mortes com a falta dos medicamentos. Fomos a 400 pessoas que tinham liminar e muitas foram a óbito mesmo com o medicamento. Eles [medicamentos] não curam, apenas melhoram a qualidade de vida", afirmou. >
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Em relação à negociação para compra da vacina Covaxin, Barros afirmou que não participou do processo e nem mesmo foi procurado por representantes da empresa. >
"Em nenhum momento ninguém ligado a esse laboratório me procurou para auxiliar na venda de vacinas para o Brasil, que é um objetivo de todos nós. Mas nesse caso nunca fui procurado", disse. >
O líder do governo também foi questionado sobre a tentativa de receber novamente pagamento antecipado, respondendo que deve ser o "modus operandi da empresa", porque tentou em mais de uma gestão no Ministério da Saúde. >
Durante depoimento na CPI da Covid, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) foi questionado por que apresentou emenda em um projeto de lei para que vacinas aprovadas na Índia fossem também aceitas no Brasil. >
Barros negou que a emenda visasse a favorecer a vacina indiana Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos. >
"Fiz a proposição porque a Índia é a maior fabricante de vacinas no mundo, para que os estudos [clínicos feitos lá pudessem ser aproveitados pela Anvisa e pelo governo federal", disse. >
Em seguida, disse que não incluiu autoridades sanitárias de outros países na emenda, porque outros parlamentares já haviam feito isso. >
"Eu nem sabia que a Precisa representava a Covaxin no momento da apresentação da emenda", disse >
"Vocês não vão encontrar nada de ligação minha com a Covaxin. Podem continuar procurando", completou. >
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