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Lava Jato condena postura de Bolsonaro com base nas declarações de Moro

Lava Jato condena postura de Bolsonaro com base nas declarações de Moro

A força-tarefa da operação classifica a possível tentativa de interferência do presidente em investigações da Polícia Federal como grave e inconcebível

Publicado em 24 de abril de 2020 às 16:21

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala a imprensa sobre seu pedido de demissão do cargo
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fala a imprensa sobre seu pedido de demissão do cargo. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná afirmou que as declarações do ex-ministro Sérgio Moro sobre tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro são atos "da mais elevada gravidade" e que é "inconcebível" o acesso do Planalto a informações sigilosas.

"A tentativa de nomeação de autoridades para interferir em determinadas investigações é ato da mais elevada gravidade e abre espaço para a obstrução do trabalho contra a corrupção e outros crimes praticados por poderosos, colocando em risco todo o sistema anticorrupção brasileiro", afirma a Lava Jato.

De acordo com os procuradores, a escolha de pessoas para cargos na estrutura do Ministério da Justiça e da Polícia Federal não pode servir "para interferência político-partidária nas investigações e processos".

"É inconcebível que o presidente da República tenha acesso a informações sigilosas ou que interfira em investigações", afirma a força-tarefa.

Ao anunciar sua demissão do governo federal, Moro criticou a insistência do presidente Jair Bolsonaro para a troca do comando da Polícia Federal, sem apresentar razões aceitáveis. O ex-juíz da Lava Jato também disse que o presidente queria ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência da PF.

Famoso pela atuação na Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro aceitou virar Ministro da Justiça. Moro chegou ao Governo depois de ganhar notoriedade nacional e internacional por comandar os julgamentos da Operação Lava Jato(Marcelo Camargo /Agência Brasil)

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