Publicado em 28 de julho de 2025 às 16:32
A perícia da Polícia Federal constatou que a possível causa para o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Tocantins e do Maranhão e deixou 14 pessoas mortas, em dezembro de 2024, foi a sobrecarga da estrutura. De acordo com o laudo finalizado pelo órgão no dia 14 deste mês, a queda de parte da ponte pode ter sido causada pelo tráfego de veículos imprevisivelmente superior ao projetado, tanto em quantidade quanto em porte.>
Os técnicos também destacaram que, na inauguração da ponte, um caminhão típico pesava cerca de 20 toneladas e hoje são comuns composições que atingem 70 toneladas. A ponte foi construída durante o governo de Juscelino Kubitschek e tem 64 anos. O documento da perícia foi inicialmente divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (27) e obtido pela reportagem.>
A polícia também afirmou que a ponte pode ter perdido a resistência de sua estrutura, com a degradação do concreto em decorrência de processos químico-físicos. Isto, segundo a perícia, pode ter sido agravado pela deficiência na manutenção da ponte. Além do acúmulo de veículos sobre a via nos momentos que antecederam a queda, quando a estrutura já dava sinais de rápida aceleração de seu comprometimento.>
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira ligava os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cruzando o rio Tocantins, e fazia parte da rodovia BR-226, um dos trechos da Belém-Brasília. O desabamento aconteceu por volta de 14h50 do dia 22 de dezembro, e atingiu o vão central da ponte central da estrutura, que tinha 533 metros de extensão.>
>
O acidente derrubou pelo menos dez veículos, incluindo três caminhões transportando cerca de 25 mil litros de agrotóxicos e 76 toneladas de ácido sulfúrico. Segundo o Ministério dos Transportes, a ponte foi inaugurada em 1961 e a estrutura antiga "já não atendia ao aumento do fluxo de veículos e de carga transportada pelo eixo".>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta