Publicado em 20 de novembro de 2025 às 14:59
- Atualizado há 14 dias
BELÉM - Um incêndio atingiu os pavilhões da COP30 em Belém (PA) no início da tarde desta quinta-feira (20). As chamas começaram nos setores dedicados aos países, causando correria entre os participantes da conferência. A energia elétrica foi cortada no local, e as labaredas chegaram a furar os toldos dos estandes. As negociações foram paralisadas, e a zona azul, esvaziada.>
A organização da COP30 afirmou que o incêndio foi controlado e que não há feridos. As equipes de bombeiros e de segurança trabalham agora no rescaldo e monitoram a situação. A ONU, as forças de segurança e a organização da COP30 convocaram uma reunião de emergência para abordar o assunto.>
Imagens do incêndio foram registradas pela repórter Beatriz Heleodoro, da Rádio CBN Vitória, que está em Belém para a cobertura da COP30 (veja acima). Vídeos mostram que as chamas começaram no estande da África Oriental. Ainda não se sabe, porém, a causa do fogo.>
Ainda não se sabe, porém, a causa do incêndio. O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse que o fogo pode ter começado em decorrência de um curto-circuito. Ele também defendeu a escolha da capital paraense como sede da COP30. "Não vai colar a ideia de que Belém não deveria sediar a COP", disse ele.>
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O incidente ocorre na fase final da conferência, quando os países tentavam fechar o texto final do acordo. Com o incêndio, a negociação foi interrompida e ainda não se sabe quando elas vai recomeçar.>
No meio da correria causada pelo incêndio, a caixa móvel Dielly Silva presenciou as chamas que, segundo ela, se espalhavam com muita rapidez. "Levei um susto, todo mundo correndo, praticamente passando por cima de todo mundo. A gente tentou achar um lugar mais tranquilo para correr", contou. "Todo mundo gritava para sair: fogo, fogo, em vários idiomas".>
Pessoas tiveram que sair da COP30 usando escadas para escapar do incêndio que atinge o pavilhão dos países. Na primeira semana do evento, a ONU enviou uma carta à organização pontuando problemas na infraestrutura e na segurança.>
O secretário-executivo da UNFCCC (o braço climático das Nações Unidas), Simon Stiell, assinou o documento demandando que a proteção seja reforçada e que os problemas (como alagamentos e altas temperatura no ambiente) sejam resolvidos.>
Meses antes do início da conferência, dezenas de negociadores assinaram uma carta endereçada ao governo Lula e a Stiell pressionando para que a COP30 fosse transferida, ao menos em parte, para outra cidade – as reclamações eram sobre os altos preços de hospedagem e os problemas de infraestrutura da capital paraense.>
O governo federal optou por mantê-la em Belém, e o próprio Lula destacou que isso demonstrava um ato de coragem. O presidente argumentou que seria mais fácil realizar o evento em uma cidade pronta para recebê-lo, mas destacou a importância de sediar as reuniões climáticas na Amazônia pela primeira vez.>
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