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Governo apresenta plano para regulamentar acesso a remédios derivados de Cannabis

Governo apresenta plano para regulamentar acesso a remédios derivados de Cannabis

O objetivo do plano é normatizar todas as etapas e garantir acesso a Cannabis medicinal para tratamento. A regulamentação deve ser finalizada até setembro de 2025

Publicado em 21 de maio de 2025 às 08:42

Maconha, droga
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza, com prescrição médica, a importação de produtos à base de Cannabis desde 2015 Crédito: Freepik

O Governo Federal, por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), protocolou um plano de ação para regulação e fiscalização do acesso a tratamentos fármacos à base de Cannabis. A proposta foi elaborada em cumprimento da decisão de novembro do ano passado do STJ (Superior Tribunal da Justiça), que autorizava a importação de sementes e cultivo de maconha para fins medicinais, e envolve diferentes instituições.

O objetivo do plano é normatizar todas as etapas e garantir acesso a Cannabis medicinal da produção ao tratamento dos pacientes, segundo nota publicada pela AGU. De acordo com o órgão, a regulamentação normativa deve ser finalizada até setembro de 2025.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza, com prescrição médica, a importação de produtos à base de Cannabis desde 2015. Já a regulamentação para comercialização da matéria-prima importada para fins medicinais ocorreu em 2019. O Ministério da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Anvisa participam do plano de ação da AGU.

Segundo a pasta, cerca de 820 decisões judiciais foram atendidas pelo Ministério da Saúde em 2022 para ofertar produtos a base de Cannabis para pacientes que dependiam de tratamento medicinal a base da planta. A AGU afirmou ainda que mais de 670 mil pessoas utilizem medicamento a base de cannabis para tratamento de doenças como esclerose múltipla, epilepsia e dor crônica.

De acordo com estudos, a Cannabis medicinal tem eficácia comprovada para casos de epilepsia e dor crônica. Outras condições como TEA (transtorno do espectro autista), síndrome de Tourette e transtornos demenciais e psiquiátricos ainda caminham em pesquisas que mostram melhora dos quadros com o uso da planta.

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