Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 15:36
BRASÍLIA - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro do Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorização para que o ex-presidente seja submetido a uma cirurgia de urgência.>
Segundo os advogados, ele precisa de procedimento cirúrgico para de correção de hérnia inguinal bilateral, além de intervenções complementares.
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A hérnia inguinal é uma condição em que um tecido do abdômen incha e faz aparecer uma protuberância na região da virilha.>
O ex-presidente está preso na superintendência da Polícia Federal desde 22 de novembro. Ele foi condenado pelo STF no processo da trama golpista.>
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Moraes autorizou na sexta-feira (12) que Bolsonaro recebesse um médico para fazer um exame de ultrassonografia.>
Ele também determinou à Polícia Federal, um dia antes, a realização de uma perícia médica em 15 dias para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica. Na ocasião, o magistrado disse que o ex-presidente passou por exame médico-legal ao ser preso e que, na ocasião "não houve registro de qualquer condição médica que indicasse a necessidade de imediata intervenção cirúrgica".>
Nesta segunda-feira (15), os advogados de Bolsonaro disseram que, "desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata".>
O relatório apresentado pela equipe afirma que os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço de Bolsonaro, consequência de sequelas da facada sofrida em 2018 e das cirurgias subsequentes.>
Essas crises também "provocam aumento intermitente da pressão abdominal, elevando significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal – hipóteses que, se concretizadas, demandariam cirurgia de emergência, com riscos exponecialmente maiores".>
"Diante desse cenário, não se está diante de hipótese remota ou preventiva abstrata, mas de necessidade médica atual, objetiva e comprovada, cuja postergação expõe o Peticionário a risco real de agravamento súbito, internação emergencial e possíveis complicações cirúrgicas evitáveis", afirmaram.>
Os advogados Celso Vilardi, Paulo Cunha Bueno e e Daniel Tesser disseram ainda que a realização do procedimento de forma planejada, em ambiente hospitalar adequado, com acompanhamento pósoperatório e fisioterapia motora é indispensável.>
Antes do episódio, a defesa já havia acrescentado ao processo vários documentos e exames listando os problemas de saúde de Bolsonaro e falado em "risco à vida" do ex-presidente. Eles pediram que o político fosse mantido em casa, onde cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.>
De acordo com relatórios médicos acrescentados ao pedido pela defesa, essas intervenções cirúrgicas demandariam a internação imediata com duração de 5 a 7 dias.>
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