Publicado em 20 de abril de 2023 às 16:28
BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse nesta quinta-feira (20) que dados levantados pela atual gestão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que as operações do órgão no segundo turno da eleição foram atípicas.>
A PRF fez diversas operações em estradas no segundo turno da última eleição presidencial, principalmente no Nordeste.>
As ações foram interpretadas como uma tentativa de impedir que eleitores chegassem ao respectivo local de votação, principalmente em lugares onde o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mais popular. Seria uma forma de beneficiar o então presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tentava reeleição.>
Dino falou a jornalistas no Ministério da Justiça junto com o ministro da Controladoria Geral da União, Vinícius Carvalho, e com o diretor-executivo da PRF, Antônio Jorge Azevedo Barbosa.>
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De acordo com o ministro, foram 911 pontos de fiscalização no dia do segundo turno, a maior parte no Nordeste. A região também foi a com maior movimentação da PRF em outras métricas, como número de ônibus parados e policiais mobilizados em dia de folga para trabalhar.>
Segundo Dino, a Polícia Rodoviária Federal mudou entre o primeiro e o segundo turno um planejamento que fez em setembro. Isso teria aumentado o custo da operação em R$ 3 milhões.>
Flávio Dino também afirmou que em um Estado, sem especificar qual, o número de operações durante o segundo turno foi maior do que no resto do ano.>
O ministro da Justiça também afirmou que o ex-ocupante do cargo Anderson Torres e o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, que estavam nos postos durante a eleição de 2022, têm de se explicar.>
O diretor-executivo da PRF disse na entrevista que, no total, as operações das eleições custaram R$ 7 milhões e foram desproporcionais. No Nordeste, segundo ele, foram maiores do que as ações feitas durante as festas de São João.>
A entrevista a jornalistas foi realizada para divulgar os números, compilados pela PRF por ordem da CGU. Vinícius Carvalho disse que seu ministério está terminando de revisar 240 sigilos do governo anterior.>
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