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Bolsonaro passa por nova cirurgia e deve ficar mais tempo internado

Bolsonaro passa por nova cirurgia e deve ficar mais tempo internado

A intervenção foi a terceira a qual o ex-presidente foi submetido para tratar do problema desde o último sábado (27) e aconteceu sem intercorrências

Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 19:36

BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por liderar a tentativa de golpe após as eleições de 2022, passou por um novo procedimento cirúrgico nesta terça-feira (30) após voltar a apresentar soluços pela manhã.

A intervenção – a terceira a qual ele é submetido para tratar desta crise desde o último sábado (27) – aconteceu sem intercorrências e sua pressão apresentou uma alta dentro do esperado, segundo sua equipe médica.

A expectativa é que Bolsonaro permaneça internado no hospital DF Star, em Brasília (DF), até quinta-feira (1º), mas pessoas que acompanham o seu quadro já avaliam ampliar esse período caso ele volte a apresentar episódios de soluço.

Ex-presidente Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF
Bolsonaro foi internado inicialmente para tratamento de uma hérnia Crédito: Ton Molina/STF

O boletim médico desta terça (30) afirma que ele foi submetido a uma "complementação do bloqueio anestésico dos nervos frênicos bilaterais".

Diz ainda que, na próxima quarta-feira (31), ele passará por uma "endoscopia digestiva alta [...] para avaliação do refluxo gastroesofágico". Bolsonaro "segue em fisioterapia respiratória, terapia de Cpap noturno e medidas preventivas para trombose".

O ex-presidente já havia sido submetido a dois procedimentos para tratar desta crise. No entanto, os problemas voltaram por volta de 10h da manhã e continuaram durante a tarde, afirmou sua mulher, Michelle Bolsonaro, em mensagem nas redes sociais.

De acordo pessoas que acompanham Bolsonaro, estava previsto um banho de sol na parte da tarde, na mesma área usada para a realização de fisioterapia, mas não houve confirmação se isso aconteceu. Ele permanece internado na acomodação do hospital DF Star, em Brasília (DF).

Até a manhã desta terça (30), Bolsonaro não registrou a volta de hipertensão – problema que vinha acontecendo nos últimos dias – e dormiu com uso de Cpap, um equipamento para tratar a apneia do sono severa da qual o ex-presidente sofre. A expectativa é que ele siga sob cuidados médicos ao menos até quinta-feira (1º).

A cirurgia desta  terça (30) foi o quarto procedimento pelo qual o ex-presidente passou desde que foi internado na última quarta-feira (24), inicialmente para tratamento de uma hérnia.

A internação precisou ser autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já que Bolsonaro atualmente cumpre pena por tentativa de golpe de Estado na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal.

Na quinta-feira (25), dia do Natal, o ex-presidente passou por uma cirurgia, para tratar a hérnia. Após essa intervenção, seus médicos decidiram realizar um novo procedimento, desta vez para tentar controlar os seus soluços.

O primeiro procedimento, para bloqueio do nervo frênico direito, foi realizado no último sábado (27), e durou entre 45 minutos e 1 hora.

Na última segunda (29), foi realizada uma intervenção para bloqueio do nervo frênico esquerdo, que teve a duração semelhante.

Segundo seus médicos, seu quadro é do que se chama de "soluços persistentes", algo extremamente raro. Ao mesmo tempo, ele sofre com uma situação de apneia do sono considerada severa pela equipe que o acompanha, com até 50 registros dentro de uma hora durante a noite.

A apneia, segundo os médicos, agrava seu quadro de hipertensão —nos últimos dias, ele registrou picos hipertensivos, por exemplo na última segunda, após a realização da cirurgia, quando inclusive precisou receber medicamento na veia.

Na manhã desta terça, seu filho Carlos Bolsonaro registrou nas redes sociais que ele teve uma melhora de sua flora digestiva e que sua pressão "segue sendo monitorada".

"Seus soluços, infelizmente, novamente voltaram nesta manhã após dois procedimentos para correção. Os níveis de ferro no sangue continuam sendo controlados devido à sua ineficiência", escreveu.

"O acompanhamento integral faz-se permanente e necessário para manutenção de sua vida, e os médicos continuam trabalhando para melhoria de sua saúde", completou.

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