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Bolsonaro nomeia coronel da PM para chefiar comunicação do governo

Bolsonaro nomeia coronel da PM para chefiar comunicação do governo

André de Sousa assumirá função no lugar do almirante Flávio Rocha, que estava no cargo havia um mês. O novo chefe da Secom é próximo de ministro do TCU

Publicado em 16 de abril de 2021 às 14:34

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(Brasília - DF, 25/06/2020) Cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica para integração dos sistemas “Corpus927” e “A Constituição e o Supremo” ao Portal da Legislação.

Foto: Marcos Corrêa/PR
Presidente da República, Jair Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto. (Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta sexta-feira (16) o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal André de Sousa Costa para chefiar a Secom (Secretaria Especial de Comunicação) da Presidência da República.

André Costa substituirá o almirante Flávio Rocha, que vinha acumulando o comando da Secom e da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Rocha estava de forma interina no cargo desde 11 de março quando Bolsonaro demitiu Fábio Wajngarten.

André Costa é uma indicação de Jorge Oliveira, atualmente no TCU (Tribunal de Contas da União). Quando era ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Oliveira levou Costa para trabalhar no governo como assessor-chefe adjunto no gabinete.

Costa tem ligações também com os filhos do presidente e já trabalhou com o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O coronel será subordinado ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, e deverá cuidar especialmente da questão de verbas publicitárias do governo.

Bolsonaro decidiu efetivar a troca sob pressão do núcleo ideológico. O almirante Flávio Rocha, que está à frente da estrutura de comunicação há pouco mais de um mês, teve uma conversa na segunda-feira (12) com o presidente e ficou definido que, a partir da semana que vem, não acumularia mais a função.

Nas últimas semanas, assessores palacianos ligados ao núcleo ideológico vinham criticando o fato de o almirante acumular as duas funções. O militar seguirá à frente da SAE.

A defesa era para que o militar abrisse mão da SAE e que a estrutura fosse entregue a um civil, já que o núcleo ideológico perdeu o comando da Secom com a saída de Wajngarten.

Além disso, havia a cobrança para que a Secretaria de Comunicação fosse assumida por um profissional com experiência na área diante da ameaça de uma nova crise política.

Nesta terça-feira (13), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), autorizou a criação da CPI da Covid, cujo objetivo principal é investigar a condução da gestão federal no combate à pandemia do coronavírus.

O principal receio do presidente é de que a comissão parlamentar aumente ainda mais a sua rejeição e colete evidências que permitam a abertura de um processo criminal.

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