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Bivar é excluído de evento conservador após atrito com Bolsonaro

Bivar é excluído de evento conservador após atrito com Bolsonaro

O presidente nacional do PSL foi excluído da mesa de abertura do evento, prevista para a noite de sexta, em que estaria ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do presidente da União Conservadora Americana, Matt Schlapp

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 19:11

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Luciano Bivar e Jair Bolsonaro. (Instagram)

(FOLHAPRESS) - Os sinais de um divórcio iminente entre o presidente Jair Bolsonaro e o PSL atropelaram a agenda da CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), cuja primeira edição brasileira ocorrerá sexta-feira (11) e sábado (12) em um hotel de São Paulo.

O presidente nacional do partido, Luciano Bivar, foi excluído da mesa de abertura do evento, prevista para a noite de sexta, em que estaria ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do presidente da União Conservadora Americana, Matt Schlapp.

Oficialmente, trata-se de ?incompatibilidade de agendas?, mas a presença de Bivar ficou insustentável após a declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira (8) pedindo a um militante para ?esquecer o PSL?. Bolsonaro também disse que Bivar estava "queimado".

Outra mudança de última hora foi a retirada de Nando Moura da programação, um dos principais youtubers de direita do país, com 3,35 milhões de assinantes em seu canal. Recentemente, Moura passou a criticar Bolsonaro e teve um bate-boca com o também youtuber Allan dos Santos, aliado fiel do presidente e de seu guru ideológico, o filósofo Olavo de Carvalho.

Importada dos EUA por Eduardo Bolsonaro, a Conservative Political Action Conference (Conferência de Ação Política Conservadora), criada em 1973, é um dos principais eventos anuais da direita americana. Reúne políticos ligados ao Partido Republicano, lideranças libertárias e grupos como evangélicos e defensores do porte de armas.

O presidente Donald Trump é presença frequente nestes eventos.

Na edição brasileira, a CPAC terá a presença de intelectuais conservadoras, políticos e influenciadores digitais, além de convidados americanos, que discutirão temas que vão da religião como ferramenta para derrotar o comunismo às queimadas na Amazônia.

Também deverá haver mesas sobre direitos humanos, combate à criminalidade, ideologia feminista e liberdade econômica.

A participação de Bolsonaro está prevista para encerrar o primeiro dia da conferência. No sábado, haverá as presenças de diversos representantes do governo, como os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Damares Alves (Direitos Humanos) e Abraham Weintraub (Educação), além do assessor internacional da Presidência Filipe Martins.

Entre os convidados internacionais, estarão na conferência a ex-diretora de Comunicação da Casa Branca Mercedez Schlapp, o senador republicano Mike Lee (Arizona) e o economista James Roberts, do Heritage Foundation, um dos principais thinks tanks da direita americana.

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A expectativa é que Bolsonaro e seus aliados aproveitem a CPAC para radicalizar o discurso contra a oposição, imprensa e dissidentes da própria direita, além de solidificar sua base mais fiel, já pensando na sua campanha de reeleição, em 2022 .

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