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É doutora em Geologia e professora da Ufes

Terremotos: projeto com a Ufes monitora áreas de risco geológico no ES

Esse projeto evidencia como a ciência e a tecnologia são ferramentas essenciais para enfrentar os desafios ambientais e sociais do nosso tempo

  • Luiza Bricalli É doutora em Geologia e professora da Ufes
Publicado em 30/07/2025 às 11h57

O Espírito Santo enfrenta desafios importantes relacionados a riscos geológicos, como terremotos, deslizamentos de terra e subsidência causada pela extração de recursos naturais. Pensando na população e no meio ambiente, criou-se uma parceria entre o Laboratório de Neotectônica e Sismológico (Lanesi) da Ufes, coordenado pela professora Luiza Leonardi Bricalli, e o Laboratório de Geofísica Aplicada (LGA) do Observatório Nacional (ON), coordenado pelo pesquisador Sergio Fontes, no Projeto “RSBR-Mar”.

O projeto resultou na instalação de estações sismográficas em pontos estratégicos do litoral capixaba (Aracruz e Itaúnas), permitindo o monitoramento contínuo desses fenômenos. Essas tecnologias ajudam a identificar sinais precoces de desastres, oferecendo informações essenciais para a prevenção e para a tomada de decisões em políticas públicas e planejamento territorial.

A compreensão dos processos geodinâmicos citados, ocorrentes no Espírito Santo — como terremotos, movimentos de massa, mudanças climáticas e o colapso de áreas por extração de sal-gema — é essencial não apenas para o avanço científico, mas também para a segurança e conscientização da sociedade.

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Aracruz. Crédito: Prefeitura de Aracruz/Divulgação

O projeto RSBR-Mar é pioneiro no monitoramento sísmico da margem sudeste do Brasil, área com grande importância econômica e ambiental, especialmente para a chamada Amazônia Azul. Além de identificar terremotos, o projeto avalia riscos à infraestrutura marítima, como dutos e plataformas de petróleo, contribuindo para evitar vazamentos e danos ambientais graves.

Esses esforços representam um avanço significativo no uso da ciência e da tecnologia para proteger vidas, reduzir impactos econômicos e ambientais e garantir o desenvolvimento sustentável do Estado e da região costeira. A iniciativa está alinhada com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo a segurança, a inovação e a gestão responsável dos recursos naturais.

Esse projeto evidencia como a ciência e a tecnologia são ferramentas essenciais para enfrentar os desafios ambientais e sociais do nosso tempo. Ao monitorar de perto os riscos naturais no Espírito Santo, estamos investindo na segurança da população, na proteção do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável.

A preocupação com a prevenção de desastres e o uso consciente dos recursos naturais reflete o compromisso com a Agenda 2030, especialmente com os ODS relacionados à vida na terra (ODS 15), inovação e infraestrutura resiliente (ODS 9) e cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11). Com conhecimento, planejamento e ação integrada, podemos construir um futuro mais seguro e equilibrado para todos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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