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É diretor-presidente da Unimed Vitória

Proteger a saúde mental é uma luta coletiva

Observar, escutar, conversar. Essas três palavras têm um poder enorme quando o assunto é saúde mental. A luta é permanente porque toda vida tem muito valor. Façamos todos a nossa parte

  • Fabiano Pimentel É diretor-presidente da Unimed Vitória
Publicado em 29/09/2023 às 13h49

A campanha Setembro Amarelo traz o tema “Se precisar, peça ajuda”. É preciso que a sociedade esteja atenta aos sinais que podem indicar transtornos mentais para saber a hora de pedir apoio e oferecê-lo.

A campanha Setembro Amarelo, desenvolvida pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina, reforça a importância da prevenção do suicídio. O tema ainda é encarado como tabu, mas precisa ser falado, especialmente diante de dados alarmantes: a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina, com cerca de 10% da população sofrendo de algum transtorno da mente.

Estamos falando, então, de mais de 20 milhões de pessoas que enfrentam problemas muitas vezes não detectados por quem está ao redor, desde amigos e familiares até os colegas de trabalho, de estudos e gestores.

Em junho deste ano, durante o lançamento da Nova Agenda para a Saúde Mental das Américas, o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, fez um apelo para que a saúde mental seja colocada no topo das agendas políticas. O alerta vem da constatação de que a pandemia da Covid-19 afetou gravemente a saúde mental dos povos das Américas, com consequências para a vida, a economia e a sociedade. Prova disso é que, de acordo com a OPAS, a depressão é a principal causa de incapacidade no mundo.

É consenso entre as entidades de saúde que a rede de apoio é fundamental para que pessoas em vulnerabilidade emocional encontrem o acolhimento necessário para seguir o tratamento psiquiátrico e psicológico. Portanto, todos temos um papel nessa luta. Seja como indivíduo, seja como organizações, a busca por uma sociedade saudável física e mentalmente é coletiva.

Como gestor de uma cooperativa de saúde, acompanho o crescimento de demandas relacionadas à saúde mental em todas as idades e entendo a nossa responsabilidade de promover ações e discussões, que começam de dentro para fora. Como exemplo, atualmente, a Unimed Vitória conta com o Núcleo de Apoio ao Colaborador (NAC), um canal em que colaboradores podem conversar com psicólogos sobre o que precisarem.

Trabalho e saúde mental
Saúde mental. Crédito: Freepik

O lema da campanha Setembro Amarelo deste ano é “Se precisar, peça ajuda”. Vamos, então, treinar nosso olhar para enxergar com mais atenção, em nós e no outro, sinais como perda de interesse por atividades, sentimento de tristeza profunda, alterações significativas no sono e no peso, estado emocional de apatia ou intensa irritabilidade. Esses são alguns dos indícios de que é preciso buscar ajuda ou oferecê-la.

Observar, escutar, conversar. Essas três palavras têm um poder enorme quando o assunto é saúde mental. A luta é permanente porque toda vida tem muito valor. Façamos todos a nossa parte. Quando necessário, procure e ofereça apoio.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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