Neste domingo (10), Javier Milei toma posse como novo presidente da Argentina. A troca do comando argentino abre oportunidade para o Brasil revisitar as bases de seu relacionamento com esse importante vizinho. Historicamente, Argentina e Brasil são parceiros que buscam, por meio do diálogo, fomentar a cooperação para o benefício mútuo de suas populações. Esse processo deve continuar durante o novo governo argentino, por meio do comércio reestruturado e o diálogo otimizado entre nossos países.
A garantia de um fluxo comercial aberto e eficiente é necessária para que empresas brasileiras e argentinas possam se beneficiar mutualmente de nossos amplos mercados consumidores. Além disso, ambos os países buscam facilitar trocas comerciais e fomentar a integração de suas economias ao comércio internacional.
Por meio do nosso trabalho na Frente Parlamentar Mista do Comércio Internacional e do Investimento (FrenCOMEX), o Congresso Nacional poderá contribuir para que o comércio bilateral entre Brasil e Argentina seja fortalecido e para que eventuais entraves na relação entre os países sejam superados.
Mais do que isso, Brasil e Argentina devem buscar o diálogo para enfrentar os desafios oferecidos pelo comércio internacional em um contexto geopolítico crescentemente desafiador. Os dois países são lideranças na América do Sul e devem enfrentar juntos desafios regionais, como a disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo.
A parceria entre as principais economias sul-americanas será essencial para que a região se beneficie das oportunidades oferecidas pelas novas tendências do comércio exterior e pelo processo de transição energética global.
O novo presidente argentino enfrentará diversos desafios internos para a estabilização da economia e a retomada do desenvolvimento do país. Nesse sentido, o Brasil poderá auxiliar a Argentina na estabilização de sua economia, por meio de maior cooperação comercial e pela promoção de investimentos de longo prazo no país.
Portanto, a posse de Milei é oportunidade para renovar as relações entre Argentina e Brasil e buscar novas formas de parceria bilateral. Os múltiplos interesses de nossos países podem e devem ser conciliados para que a América do Sul se beneficie de um ambiente positivo de cooperação e estabilidade, permitindo renovado desenvolvimento socioeconômico regional.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.