Estamos presenciando uma mudança definitiva no perfil do consumidor imobiliário. A nova geração chega ao mercado com alto nível de conectividade e exigência e, acima de tudo, já inserida no ambiente digital.
Antes mesmo de falar com um corretor, esse cliente já pesquisou o histórico da empresa, avaliou a infraestrutura do bairro, consultou avaliações online e simulou o financiamento com alguns cliques.
Esses hábitos de consumo transformam o papel das empresas do setor. Não basta mais oferecer terrenos bem localizados. O que esse novo cliente busca é uma jornada de compra fluida, transparente e personalizada. Com isso, a tecnologia deixou de ser um diferencial; é pré-requisito. E surpreender positivamente, hoje, é o mínimo esperado.
Estudos comprovam esse comportamento. Segundo a Brain Inteligência Estratégica, 68% dos consumidores imobiliários pesquisam avaliações sobre o empreendimento ou a empresa responsável durante a busca por imóveis. A opinião de outros clientes passou a influenciar tanto quanto o próprio produto. Reputação, hoje, é ativo estratégico.
Além disso, o consumidor atual não compara apenas empreendimentos. Ele compara experiências. Espera agilidade, empatia e clareza em cada ponto de contato. E isso demanda mais do que ferramentas tecnológicas: demanda uma nova postura das empresas, com atendimento humanizado aliado a ferramentas como chatbots eficientes, agendamentos digitais, CRM inteligente e tours virtuais interativos.
Outro fator decisivo é a conexão emocional com o projeto. Mais do que saber o valor do metro quadrado, o cliente quer se imaginar vivendo ali. Busca entender o entorno, os serviços disponíveis, a mobilidade, a segurança e o estilo de vida que aquele local pode proporcionar.
Uma experiência imersiva desde o primeiro contato gera confiança, reduz inseguranças e acelera a decisão de compra. Sites atualizados, bem estruturados, com conteúdo educativo e navegação amigável são ferramentas essenciais para transmitir credibilidade e facilitar escolhas conscientes.
Nessa mesma toada, o propósito da marca também importa. O consumidor quer saber se a empresa se preocupa com o meio ambiente, com a comunidade e com o impacto a longo prazo. Mais do que isso, quer ver coerência entre o discurso e a prática. Quando isso acontece, a relação deixa de ser transacional e se torna de confiança mútua.
Nesse cenário, a responsabilidade das loteadoras é clara. Empresas precisam evoluir com esse novo consumidor. Afinal, não vendemos apenas terrenos: ajudamos a construir projetos de vida. E isso começa com escuta ativa, comunicação transparente e compromisso com aquilo que realmente importa.
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