Há seis anos, o Brasil deu um passo significativo rumo à desburocratização e à valorização da iniciativa privada com a promulgação da Lei de Liberdade Econômica. A legislação representou um marco ao consolidar princípios como a autonomia da vontade, a presunção de boa-fé e a proteção do particular diante de excessos estatais. Seu objetivo central foi criar um ambiente mais favorável ao empreendedorismo, reduzindo entraves que historicamente limitavam a abertura e o crescimento de negócios no país.
Desde então, avanços concretos foram observados. A simplificação de registros empresariais, a maior previsibilidade contratual e a redução de exigências para atividades de baixo risco trouxeram segurança jurídica a empresários e investidores.
O Estado passou a ter limites claros em sua atuação, tornando o ambiente regulatório mais transparente e confiável. Para muitos empreendedores, a lei significou não apenas menos burocracia, mas também maior confiança para investir e expandir seus negócios.
Os pequenos empreendimentos foram, sem dúvida, os maiores beneficiados. Negócios que antes enfrentavam longos trâmites para obter licenças e alvarás passaram a operar de maneira mais célere. Setores como comércio, tecnologia, startups e serviços em geral sentiram de forma direta os efeitos da desburocratização. A lei, nesse sentido, democratizou o acesso à atividade econômica, permitindo que mais pessoas pudessem empreender com menor custo e mais agilidade.
É inegável que a lei trouxe benefícios práticos, especialmente para micro e pequenas empresas. A dispensa de alvarás e licenças para atividades de baixo risco reduziu significativamente a burocracia e os custos de conformidade.
No entanto, ainda existem desafios locais: municípios que não adaptaram suas legislações ou que mantêm práticas antigas podem comprometer a eficácia plena da lei. Ainda assim, a regra geral é de progresso, e o caminho rumo a um ambiente de negócios mais leve está mais claro do que nunca.
Apesar dos avanços, desafios importantes permanecem. A uniformização da aplicação da lei em todo o território nacional é um ponto crítico, já que diferenças estaduais e municipais podem criar obstáculos inesperados. Além disso, a resistência cultural dentro da própria administração pública à flexibilização regulatória limita o potencial da norma.
Para superar essas barreiras, é essencial investir na digitalização dos serviços, simplificação tributária e estabilidade legislativa, ao mesmo tempo em que empresas promovem cultura de eficiência e austeridade internamente.
Olhando para os próximos anos, há um espaço significativo para aprimoramentos. Espera-se que o Judiciário e a administração pública consolidem a interpretação dos princípios da liberdade econômica, tornando-os cada vez mais aplicáveis no dia a dia dos empreendedores.
Novas reformas poderão ampliar a digitalização de registros, integrar cadastros e racionalizar o sistema tributário, criando um ambiente ainda mais competitivo e atraente para investimentos.
Em resumo, a Lei de Liberdade Econômica, após seis anos, mostra-se um instrumento valioso para transformar o Brasil em um país mais propício ao empreendedorismo. Os avanços em desburocratização, segurança jurídica e estímulo aos pequenos negócios são inegáveis, mas há muito a ser feito para que os princípios da lei atinjam plenamente toda a sociedade. A consolidação dessa legislação é uma oportunidade de modernizar a economia, incentivar investimentos e fortalecer a cultura empreendedora no país.
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