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É presidente da Findes

Já pensou se produzíssemos carro além do aço?

Neste 25 de maio, quando é comemorado o Dia da Indústria, a Findes deseja engajar a sociedade num mesmo propósito: o de desenvolver o Estado e fazer as escolhas certas para o futuro do nosso país

  • Cris Samorini É presidente da Findes
Publicado em 25/05/2023 às 11h24

Já pensou se produzíssemos carro além do aço?

E se, mais do que termos centros de distribuição de medicamentos, fabricássemos aqui produtos, equipamentos e materiais de consumo médico?

Se ao invés de sermos a maior porta de entrada de aeronaves executivas do país, desenvolvêssemos um arranjo produtivo desse setor?

Como seria transformar o gás natural em fertilizante?

E se nos orgulhássemos em dizer que temos um celular 100% capixaba?

E se o Brasil passasse a enxergar a indústria como o setor que tem o maior poder de puxar o crescimento econômico?

Aí sim deixaríamos os “ses” para trás e daríamos início a uma grande transformação estrutural, uma transformação que traria impactos para o presente e prosperidade para o futuro.

Indústria - construção
Indústria . Crédito: Carlos Alberto

Neste 25 de maio, quando é comemorado o Dia da Indústria, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) mais do que reforçar o seu compromisso com o setor industrial, deseja engajar a sociedade num mesmo propósito: o de desenvolver o Estado e fazer as escolhas certas para o futuro do nosso país.

Para que isso aconteça, precisamos estar dispostos a deixar o labirinto que entramos há décadas. O percurso muitas vezes é confuso, mas a saída existe.

O setor industrial tem uma agenda muito clara - que preza pela inovação, pela geração de empregos, pela diversificação, pela melhoria do ambiente de negócios, pela competitividade das empresas. Mas tem ainda mais clareza de que sem uma agenda de inclusão social e compromisso ambiental não sairemos do lugar.

A indústria vem atuando dia após dia para fortalecer cada um desses pontos, seja por meio de ações e oportunidades criadas pelas empresas, seja com o fortalecimento do associativismo, seja contribuindo para a construção de uma política industrial robusta.

Não estamos apáticos, mas sozinhos não conseguiremos endereçar o futuro. É urgente a necessidade de superarmos gargalos históricos. Não é possível continuarmos tropeçando no velho e caro Custo Brasil.

Temos que avançar nas reformas e dar celeridade à transformação tecnológica, à inclusão digital. É fundamental estimular e valorizar a educação e a formação técnica. É imprescindível desenvolver infraestrutura básica como saneamento, portos, rodovias e ferrovias.

Não é uma opção nos contentarmos com o cenário atual. Temos oportunidades incríveis e podemos aproveitá-las. Por isso, trago essa reflexão final: e se pararmos de repetir os mesmos diagnósticos e começarmos a implantar as soluções? É isso que a indústria propõe. É disso o que o Brasil precisa!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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