Autor(a) Convidado(a)
É jornalista, especialista em sustentabilidade e diretora do Instituto Sustentabilidade Brasil (ISB). Lidera a curadoria da Conferência Sustentabilidade Brasil 2025, que acontece de 11 a 14 de junho, em Vitória (ES)

Inovação e competitividade: por que isso interessa a quem fala de sustentabilidade

Empresas que entendem isso com clareza saem na frente. Ao incorporar critérios ambientais, sociais e de governança (o chamado ESG), elas não só respondem a pressões externas como também aumentam sua eficiência

  • Dani Klein É jornalista, especialista em sustentabilidade e diretora do Instituto Sustentabilidade Brasil (ISB). Lidera a curadoria da Conferência Sustentabilidade Brasil 2025, que acontece de 11 a 14 de junho, em Vitória (ES)
Publicado em 15/05/2025 às 12h57

Nos últimos anos, a palavra “sustentabilidade” passou a ocupar espaços onde antes só se falava em lucro, expansão e produtividade. Mas há quem ainda veja essa conversa como uma exigência distante, cara ou teórica demais. O que nem todo mundo percebe é que as transformações que vêm acontecendo no mundo — do clima à geopolítica — estão mudando o próprio sentido de competitividade. E isso tem tudo a ver com as empresas que operam no Brasil, nos mais diversos setores.

Hoje, inovação significa também a capacidade de repensar rotinas, usar melhor os recursos, reduzir desperdícios, antecipar tendências e se conectar com o que a sociedade valoriza. Ao lado da tecnologia de ponta, novas práticas e modelos de negócio surgem como formas consistentes de responder a demandas sociais e ambientais. Sustentabilidade é, cada vez mais, um território fértil para esse tipo de inovação e, por consequência, uma alavanca para a competitividade.

Empresas que entendem isso com clareza saem na frente. Ao incorporar critérios ambientais, sociais e de governança (o chamado ESG), elas não só respondem a pressões externas como também aumentam sua eficiência, reduzem riscos e ganham relevância de mercado. Sustentabilidade, nesse cenário, deixa de ser uma despesa e passa a ser parte da estratégia.

Esse movimento por inovação sustentável já está em curso. Há experiências sendo testadas, tecnologias emergentes e setores inteiros revendo seus padrões. A inteligência artificial, por exemplo, tem sido aplicada para prever riscos climáticos, mapear áreas vulneráveis, otimizar o uso de água e energia e monitorar cadeias produtivas em tempo real. Quando bem aplicada, a tecnologia pode acelerar decisões mais responsáveis e eficientes. Isso não resolve tudo, claro, mas aponta caminhos e abre novas possibilidades.

Na Conferência Sustentabilidade Brasil, que acontece de 11 a 14 de junho, na Praça do Papa, em Vitória (ES), esse tema estará presente ao longo de todos os dias. Serão 13 trilhas de conhecimentos e a de competitividade foi pensada justamente para mostrar que não há contradição entre sustentabilidade e desempenho econômico, muito pelo contrário, uma depende da outra. A ideia é reunir pessoas de diferentes áreas — empresas, governos, academia, organizações da sociedade civil — para pensar juntas o futuro dos negócios e da vida no planeta.

É hora de superar a visão de que ESG é uma obrigação imposta de fora para dentro. Sustentabilidade não é só uma pauta ambiental, nem apenas uma causa social, é gestão inteligente, capacidade de adaptação e de antecipação, e mais do que isso: é um campo aberto para quem quer fazer diferente, melhor e com mais impacto positivo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Economia Inovação Negócios Sustentabilidade

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.