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É consultor em Língua Inglesa, professor há 25 anos e diretor da Forword Comunicação e Idiomas

Inglês no currículo: por que apenas dizer que é fluente não basta?

Ter uma certificação reconhecida é uma maneira concreta de provar o que está descrito no currículo e, ao mesmo tempo, destacar-se entre outros candidatos

  • Sandlei Moraes É consultor em Língua Inglesa, professor há 25 anos e diretor da Forword Comunicação e Idiomas
Publicado em 25/11/2025 às 14h40

Em um mercado de trabalho cada vez mais globalizado, o domínio do inglês deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito básico para grande parte das vagas qualificadas. Pesquisas apontam que mais de 60% das empresas brasileiras consideram o inglês um fator decisivo no processo seletivo para cargos médios e altos.

Ainda assim, apenas 5% da população brasileira fala inglês, e menos de 1% é realmente fluente, segundo dados do British Council. Essa discrepância explica por que a proficiência no idioma continua sendo uma das competências mais valorizadas pelos recrutadores.

Afinal, quando um profissional afirma ser fluente em inglês, o que exatamente isso significa? A fluência é um conceito subjetivo e pode variar muito de pessoa para pessoa. Para alguns, significa conseguir se comunicar em viagens; para outros, é a capacidade de participar de reuniões complexas ou conduzir negociações internacionais.

É justamente essa imprecisão que leva as empresas a buscarem meios objetivos de avaliar a proficiência, especialmente em cargos que exigem comunicação direta com clientes ou parceiros estrangeiros.

Nesse cenário, as certificações internacionais ganham um papel de destaque. Exames como o Toefl, Ielts, Cambridge English Qualifications e o Duolingo English Test oferecem uma avaliação padronizada e reconhecida mundialmente, que mede as quatro habilidades essenciais do idioma: leitura, escrita, compreensão auditiva e fala. Ter uma dessas certificações no currículo comprova o nível de inglês e transmite credibilidade e comprometimento com o desenvolvimento profissional.

Os recrutadores valorizam candidatos que buscam esse tipo de comprovação. Em muitas empresas multinacionais, e até em corporações brasileiras com atuação internacional, a pontuação em um teste de proficiência é um critério eliminatório. Segundo levantamento da Catho, profissionais com domínio avançado do inglês podem ganhar até 61% a mais do que aqueles sem conhecimento no idioma.

Mais do que um título, o certificado demonstra que o profissional está preparado para atuar em ambientes multiculturais, compreender instruções técnicas, participar de reuniões em inglês e representar a empresa com segurança em contextos globais.

Aula de inglês
Aula de inglês. Crédito: Pixabay

Além disso, investir em uma certificação de inglês pode abrir portas para oportunidades acadêmicas e de intercâmbio. Universidades estrangeiras exigem notas mínimas em exames como o Toefl ou Ielts para aceitar alunos internacionais. Da mesma forma, empresas multinacionais e programas de trainee frequentemente utilizam esses resultados como forma de padronizar a avaliação entre candidatos de diferentes países.

Outro ponto importante é que o processo de preparação para essas provas também é uma forma eficaz de aprimorar o idioma. Estudar com foco em um exame de proficiência estimula o desenvolvimento de todas as habilidades linguísticas, amplia o vocabulário e aprimora a comunicação formal, competências muito valorizadas no ambiente de trabalho.

Por isso, dizer que é “fluente” não basta. Ter uma certificação reconhecida é uma maneira concreta de provar o que está descrito no currículo e, ao mesmo tempo, destacar-se entre outros candidatos. É um passo que mostra maturidade profissional e pode ser decisivo para quem deseja crescer em um mercado cada vez mais competitivo e internacionalizado.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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