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É cofundador e diretor Comercial da English Work

Inglês como estratégia para potencializar o turismo capixaba

Investir no ensino de inglês para profissionais capixabas pode transformar a experiência do visitante, gerar mais renda e fortalecer o Espírito Santo como destino internacional

  • Danilo Miglio É cofundador e diretor Comercial da English Work
Publicado em 11/10/2025 às 14h00

As belezas naturais, a gastronomia, a diversidade de pontos turísticos – das praias às montanhas – e o potencial econômico do nosso Espírito Santo, estão atraindo cada vez mais visitantes do Brasil e do exterior, principalmente do hemisfério Norte. Segundo a ForwardKeys, empresa referência sobre dados do setor aéreo, 36,4% dos turistas estrangeiros que chegaram ao Estado em 2024 eram dos Estados Unidos, 13,4% de Portugal, 8,7% do Reino Unido, 8,6% da Itália e 4% da Alemanha.

Os percentuais mostram que a maioria dos que desembarcam no aeroporto de Vitória vêm de países onde o inglês é a língua oficial, o que ressalta a relevância do idioma para o turismo capixaba, seja de lazer, seja de negócios. Ao oferecer a melhor experiência possível para esse estrangeiro que nos visita, a chance de ele voltar e ainda recomendar o destino para familiares, amigos e conhecidos aumenta consideravelmente.

 Diversidade cultural faz do Espírito Santo um território com alto potencial para o turismo sustentável
Diversidade de pontos turísticos e potencial econômico do Espírito Santo atrai visitantes do Brasil e do exterior . Crédito: Yuri Barichivich

Nesse sentido, vale ressaltar que profissionais do setor, como guias turísticos, agentes de viagens, motoristas de táxis e aplicativos, garçons, e gestores e atendentes de hotéis que dominam o inglês diminuem atritos na comunicação, geram mais confiança e receptividade, e, assim, aproveitam também para fazer recomendações sobre pontos turísticos, restaurantes, eventos culturais, lojas, etc. Isso garante mais oportunidades de emprego e renda, movimentando a economia capixaba.

É necessário lembrar, no entanto, que apenas 5% da população brasileira tem algum conhecimento em inglês e somente 1% é considerada fluente. O Brasil, inclusive, ocupa a 81ª posição entre 116 países avaliados pelo Índice de Proficiência em Inglês 2024, realizado pela EF, multinacional de educação. Com uma pontuação de 466 de 1000 possíveis, o país foi classificado infelizmente como nível baixo de proficiência. O Espírito Santo, por sua vez, aparece melhor, alcançou 511 pontos e está em um patamar moderado, ficando em quinto lugar entre os 26 estados do país e o Distrito Federal.

Tais números baixos são justificados em parte pela dificuldade de acesso ao ensino de idiomas no Brasil. Durante muito tempo, as aulas de inglês, insuficientes nas escolas de ensino regular, foram restritas às camadas mais altas da sociedade, tendo em vista as altas mensalidades dos cursos presenciais específicos. Foi só com a criação das modalidades de cursos on-line, com custos mais acessíveis, que mais pessoas de diferentes realidades, localidades e classes sociais puderam sonhar e efetivamente começar os estudos de uma segunda língua.

Nós capixabas sabemos muito bem do potencial do nosso Espírito Santo e o quanto ele merece ser conhecido pelos brasileiros e por estrangeiros. Investir para que mais profissionais do turismo e de outras áreas dominem o inglês pode ser uma importante estratégia para difundir o Estado para o mundo e promover o crescimento.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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