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Grande Vitória precisa de medidas mais ousadas para ciclovias

Ampliação da malha cicloviária deve considerar o contexto metropolitano, com coordenação do governo do Estado junto às prefeituras, priorizando a conectividade

  • Marcos Paulo Silva Duarte
Publicado em 28/07/2020 às 12h48
Atualizado em 28/07/2020 às 15h28
Ciclista usando ciclovia
Ciclista usando ciclovia . Crédito: Arabson

O avanço da ciclomobilidade no mundo novas ideias vem orquestrando novos conceitos, como a preocupação da ampliação da malha cicloviária. Na realidade da Grande Vitória, precisamos de medidas mais ousadas no planejamento de mobilidade urbana.

Um grande exemplo disso são as ciclorrotas construídas pela gestão municipal de Vitória. É preciso entender que a bicicleta já está se consolidando como veículo de transporte e não só como um objeto de esporte e lazer.

As ciclovias são equipamentos utilizados na mobilidade urbana quando a velocidade da via requer uma segurança específica ao ciclista, em vias de tráfego intenso de grandes e pequenos veículos. Essa discussão, porém, deve partir do contexto metropolitano, coordenado pelo governo do Estado junto às instâncias governamentais municipais, que em contrapartida devem considerar a conectividade através das ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas.

Precisamos ampliar a participação da sociedade em campanhas educativas, pois observamos atitudes imprudentes dos ciclistas, como andar na contramão da via, não sinalizar quando muda de direção, falta de visibilidade no trânsito e a falta de respeito aos pedestres. Precisam ser conscientes da sua má postura no trânsito. 

Importante ressaltar a necessidade da ampliação das medidas de acalmamento das vias, com a elaboração de zonas de tráfego a 30 quilômetros por hora nos bairros e o fortalecimento de indicação de vias alternativas.

A cultura do carro ainda é superior. Dificulta ampliações da malha cicloviária e força o suprimento de espaços destinados aos pedestres, em detrimento ao compartilhamento com os ciclistas em alguns locais, desafiando as instâncias governamentais em seus planejamentos.

Ainda vemos a falta de empatia no trânsito como grande causadora de transtornos entre os usuários das vias de circulação, além da falta de respeito à legislação. Ciclistas não são respeitados.

Consideramos a necessidade da massificação das informações nas escolas, autoescolas ou em campanhas educativas, por meio dos meios de comunicação ou de redes sociais. Também pregamos a capacitação permanente dos técnicos que elaboram os projetos, além da fiscalização mais presente. É de extrema importância a sensibilidade da classe política ao elaborar projetos de leis visando à preservação da vida no trânsito, com punições mais severas aos infratores.

*O autor é presidente da Federação Espírito-Santense de Ciclismo

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