Certamente, você já presenciou algum comportamento arriscado de um ciclista de bicicleta elétrica na sua cidade. Em casos mais graves, esse comportamento pode resultar em acidentes envolvendo ciclistas, pedestres ou veículos automotores. Até outubro deste ano, foram registrados 114 acidentes envolvendo bicicletas elétricas em todo o Espírito Santo, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde.
As bicicletas elétricas despontam como uma alternativa viável, sustentável, econômica e ágil para o cotidiano das pessoas. Porém, a falta de conscientização sobre o uso correto, cria riscos reais a pedestres, motoristas e ciclistas. O medo relatado por vítimas de acidentes com esses veículos revela como a sociedade clama por uma mobilidade mais responsável, que não restrinja o avanço, mas que promova um uso consciente e seguro.
É nesse contexto que a educação para o trânsito aparece como o principal instrumento para a mudança cultural necessária. Apenas impor regras sobre o uso de equipamentos e circulação não é suficiente; o que precisa ser cultivado é uma nova mentalidade pautada no respeito mútuo, na empatia e na responsabilidade individual e coletiva. A formação de cidadãos conscientes, que compreendam seus direitos e deveres, constrói um ambiente onde todos cuidam uns dos outros e compartilham o compromisso com a segurança e a inclusão.
Aprovamos o projeto “Bike Legal” na capital e articulamos a ampliação para outras cidades da grande Vitória e demais regiões do estado, sendo abraçada por diversos grupos. Esse movimento conjunto indica que a sustentabilidade das cidades passa, inevitavelmente, pela modernização de suas normas e pela humanização dos espaços públicos, onde a circulação respeitosa é a base do convívio social. Por isso, faça esse chamamento à mobilidade urbana segura, tanto para quem utiliza a bike elétrica por lazer, quanto quem usa como meio de locomoção para os afazeres diários.
Ressaltamos que investir em mobilidade urbana significa investir em educação, em políticas públicas eficazes e numa cultura de respeito que transcenda o individual para englobar toda sociedade. O desafio é justamente este: fazer com que toda a sociedade compreenda sua função dentro do sistema viário e participe ativamente da construção de cidades mais seguras e humanas.
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