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Como você, que é um profissional dedicado, gostaria de ser reconhecido?

Poucas coisas são menos estimulantes do que um ambiente de trabalho em que os acomodados são tão considerados e premiados quanto aqueles que operam com proatividade

  • Karen Meirelles
Publicado em 14/09/2020 às 10h00
Atualizado em 14/09/2020 às 10h00
Escritório
Cada vez mais, a meritocracia é aplicada no interior das grandes organizações. Crédito: Sgutterstock

Diante do cenário atual, novamente veio à tona um conceito muito utilizado nos últimos tempos: a meritocracia. Os críticos dizem que não podemos falar seriamente dela para o caso brasileiro, haja vista a grande desigualdade de oportunidades existentes em nosso país. Até certo ponto, esse argumento parece-me bastante razoável. Mas pergunto: você, que é um profissional dedicado e que sempre apresenta mais do que lhe é pedido, gostaria de ser reconhecido tanto quanto um profissional que tampouco consegue cumprir os horários de trabalho?

Convenhamos, poucas coisas são menos estimulantes do que um ambiente de trabalho em que os acomodados e pouco produtivos são tão considerados e premiados quanto aqueles que, independente de suas questões pessoais e limitações individuais, operam com proatividade, empenho absoluto e elevado senso de responsabilidade pelo processo.

Cada vez mais, a meritocracia é aplicada no interior de diversas grandes organizações, e eu confesso que defendo a metodologia. Não há dúvidas de que existam desvantagens, mas para esse caso as vantagens falam mais alto. Um exemplo é a prosperidade e o progresso da organização, como disse Jack Welch em sua obra "Paixão por Vencer": “As empresas ganham quando os gerentes estabelecem distinções claras e inequívocas entre os negócios e as pessoas de alto e baixo desempenho, quando cultivam os fortes e extirpam os fracos. As empresas sofrem quando todos os negócios e pessoas são tratadas da mesma maneira".

É importante frisar que para ser bem-sucedida a metodologia também precisa contar com gestores que saibam identificar os perfis de profissionais existentes em sua equipe e assim alocá-los no ambiente em que serão os mais produtivos possíveis. Para o caso de gestores indiferentes a esse feeling necessário, é possível que a meritocracia não seja a mais adequada, uma vez que não foram determinados os profissionais de alto e baixo nível.

Estou certa de que profissionais engajados e com elevado senso de responsabilidade pelo processo alavancam a empresa e consequentemente o cenário dela no mercado. Quanto mais profissionais assim, mais produtiva e eficiente será a organização. Mais do que nunca, prosperidade e progresso são o que as empresas precisam, e se a meritocracia, de fato, for um caminho, que seja ela a responsável por grandes vitórias.

A autora é associada I do Instituto Líderes do Amanhã

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