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É advogado, sócio do escritório Sarlo & Machado Advogados

Como aproveitar a Black Friday sem cair em golpes

Os golpes estão cada vez mais sofisticados, muitos deles utilizando inteligência artificial para criar páginas falsas extremamente semelhantes às de grandes varejistas

  • Eduardo Santos Sarlo É advogado, sócio do escritório Sarlo & Machado Advogados
Publicado em 27/11/2025 às 12h38

Black Friday se tornou uma das datas mais aguardadas pelo consumidor brasileiro. Para muitos, é a chance ideal de antecipar compras de fim de ano, adquirir produtos de maior valor com descontos reais e reorganizar o orçamento doméstico. Em um cenário de preços pressionados e consumo mais cauteloso, aproveitar a data pode representar economia significativa, desde que o consumidor saiba como navegar com segurança pelas ofertas.

Entretanto, é justamente nesse ambiente de grande fluxo digital e intensa busca por promoções que surgem os riscos. Os golpes estão cada vez mais sofisticados, muitos deles utilizando inteligência artificial para criar páginas falsas extremamente semelhantes às de grandes varejistas, gerar mensagens personalizadas e até simular atendentes reais. Hoje, até consumidores experientes podem ser enganados.

Assim, entre os golpes mais comuns, destacam-se as falsas promoções e sites fraudulentos, criminosos criam páginas com aparência profissional, imitando logotipos, cores e até políticas de troca de empresas conhecidas. Preços muito abaixo do mercado são o principal chamariz.

Além disso, temos os perfis falsos em redes sociais, que são anúncios patrocinados conduzindo a links maliciosos, muitas vezes prometendo “últimas unidades” ou “descontos exclusivos”. A pressa induzida é parte da armadilha.

Temos também, o golpe do falso boleto, quando o consumidor escolhe o produto em um site legítimo, mas recebe um boleto adulterado, geralmente enviado por e-mail ou WhatsApp. O pagamento é direcionado a terceiros.

Existem os ⁠phishing e links enviados por mensagens, que são ofertas enviadas por SMS, e-mail ou aplicativos pedindo “confirmação de cadastro” ou “liberação de desconto”. Ao clicar, o usuário entrega informações pessoais e bancárias.

⁠Atendimento falso via WhatsApp, quando criminosos se passam por funcionários do comércio eletrônico e solicitam dados sensíveis para “confirmar o pedido”.

A Black Friday é um momento estratégico para o e-commerce vender mais (Imagem: Rawpixel.com | Shutterstock)
Black Friday. Crédito: Imagem: Rawpixel.com | Shutterstock

Infelizmente são muitos e sofisticados, de modo que, para evitar dores de cabeça, algumas medidas são imprescindíveis, como: verificar se o site é confiável, observando o domínio, certificados de segurança e reputação da loja; evitar compras por links enviados por desconhecidos ou perfis não verificados; desconfiar de preços muito abaixo da média, o desconto precisa ser compatível com a realidade; priorizar pagamentos com cartão de crédito, que oferecem maior possibilidade de contestação; conferir cuidadosamente boletos antes de pagar, especialmente o nome do beneficiário, entre outros cuidados.

A verdade é que a Black Friday é uma excelente oportunidade. Mas o consumidor precisa equilibrar entusiasmo com prudência. Planejar as compras, comparar preços e checar a procedência das ofertas, pois são atitudes simples que fazem toda a diferença.

Enfim, em um ambiente digital cada vez mais complexo, informação e cautela são os melhores aliados para aproveitar a data sem cair em golpes.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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