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É sócio-fundador e CEO da fintech Leve

Bem-estar financeiro é um grande aliado da produtividade nas empresas

Colaboradores com dívidas, preocupados com contas atrasadas ou com problemas de planejamento financeiro, acabam sendo menos produtivos do que deveriam em suas horas de trabalho

  • Gustavo Raposo É sócio-fundador e CEO da fintech Leve
Publicado em 14/09/2021 às 14h00
Investimentos, poupança, reserva, dinheiro
A educação financeira seria um importante elemento para a mudança de chave dos brasileiros em relação à falta de dinheiro. Crédito: Pexels

Não é costume do brasileiro falar sobre isso, mas a falta de cuidado com o dinheiro e o acúmulo de dívidas são fatores que causam a queda de produtividade das pessoas em seus trabalhos. Além disso, podem gerar outros problemas como noites mal dormidas e até mesmo crises de ansiedade. 

Segundo dados da pesquisa anual da consultoria PwC sobre bem-estar financeiro dos colaboradores, Employee Financial Wellness Survey, divulgados em 2019, 59% dos entrevistados apontam o dinheiro — ou a falta dele — como seu principal motivo de estresse no ambiente corporativo.

A educação financeira seria um importante elemento para a mudança de chave dos brasileiros em relação à falta de dinheiro, mas ainda estamos longe de tornar essa solução viável. Segundo o ranking global, que mede o nível de educação financeira de 144 países, o Brasil aparece na 74° colocação, com apenas 35% de sua população apta a responder questões simples sobre o tema. Ou seja, nós crescemos sem criar o hábito de falar sobre finanças e sofremos com isso na vida adulta, seja como colaborador ou empreendedor.

O estresse financeiro dos integrantes de uma equipe pode impactar diretamente nos custos da folha de pagamento de uma empresa. Isso acontece porque colaboradores com dívidas, preocupados com contas atrasadas ou com problemas de planejamento financeiro, acabam sendo menos produtivos do que deveriam em suas horas de trabalho.

O gestor precisa ter um olhar mais criterioso em relação ao bem-estar do seu colaborador. E não é só o salário que muda a vida. Os benefícios corporativos funcionam como uma espécie de combustível e premiação. Há diversos serviços e planos que as organizações podem oferecer aos colaboradores. As vantagens são inúmeras como: aumento no engajamento e, consequentemente, na produtividade dos colaboradores.

Pensando nisso, listei três dicas importantes que podem ajudar você a mudar esse cenário.

  1. Identifique quais as necessidades dos seus colaboradores: há diferentes tipos de benefícios corporativos no mercado, mas é preciso entender quais podem trazer impacto para os colaboradores. Caso a equipe seja formada por mães e pais de crianças pequenas, por exemplo, pode valer a pena disponibilizar auxílio-creche.
  2. Oferecer benefícios que atendam necessidades personalizadas: embora já existam muitos benefícios voltados para os cuidados com saúde mental, qualidade de vida e outros, os gestores podem ir além e contratar, por exemplo, serviços que são voltados para o bem-estar financeiro dos profissionais, promovendo a cultura da educação para que todos saibam cuidar melhor do seu dinheiro.
  3. Saiba sobre a satisfação dos colaboradores: se preferir, pode ser interessante realizar uma pesquisa interna para entender e identificar quais os benefícios corporativos mais adequados à realidade dos funcionários. Você pode apresentar algumas dicas para eles opinarem como: planos de aposentadoria corporativa por fases, auxílio saúde, maior flexibilidade no trabalho, entre outros.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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