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A cultura está cada vez mais conectada para reforçar nossa identidade

Há uma compreensão no contemporâneo que valoriza muito o trabalho coletivo, as formas fluidas, o fazer junto, a diversidade de vozes como o componente capaz de criar o novo

  • Fabrício Noronha
Publicado em 13/10/2019 às 05h00
Atualizado em 13/10/2019 às 05h00
Cultura e formação de identidade. Crédito: Periferia em Movimento/Reprodução
Cultura e formação de identidade. Crédito: Periferia em Movimento/Reprodução

O que é ser capixaba? Qual é a nossa força e singularidade? Como potencializar o que já existe? Criar novas canaletas para que de fato a nossa produção cultural se conecte, se integre. É muito forte ser capixaba. É muito potente um Estado relativamente pequeno carregar em seu território tanto do nosso maior valor enquanto país: a diversidade.

Apostarmos justamente no mosaico, em nossa multiplicidade legítima como o nosso maior valor e legado.

Isso fala ainda sobre o respeito ao outro, sobre estar aberto ao novo, ao desconhecido, fala sobre a gente se permitir trocar entre diferentes, entre capixabas.

Desencanar de vez de uma busca infrutífera por uma identidade rígida que nos traduza. As construções identitárias precisam absorver múltiplos processos, se despir de modelos duros de outros séculos que persistem em sobreviver. Estamos no agora, na hiperconectividade, no mundo das redes, das multitelas.

Há uma compreensão no contemporâneo que valoriza muito o trabalho coletivo, as formas fluidas, o fazer junto, a diversidade de vozes como o componente capaz de criar o novo.

Lançamos o Cultura Conecta, programa do governo do Estado com diversas ações culturais por todo o território capixaba. É uma plataforma para essa diversidade, tendo como embaixadoras duas das mais importantes e atuantes capixaba hoje no Brasil: Elisa Lucinda e Viviane Mosé. Em seu cerne está o Laboratório de Inovação Cidadã ES, que selecionará 30 projetos coletivos, com atuação em qualquer linguagem, tendo como horizonte a diversidade cultural e a ampliação de direitos. A expectativa do programa é impactar, em quatro anos, 200 projetos coletivos e 500 universitários por meio de parcerias.

Trata-se de uma política pública de cultura para toda a população capixaba, que diz respeito, no final das contas, à nossa autoestima. A grama do vizinho não é mais verde que a nossa. Ser capixaba é maravilhoso, é transversal. É estar conectado com o mundo.

*O autor é secretário de Cultura do ES

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