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Investimentos de R$ 65,4 bi para o ES estão conectados com a tecnologia

Investimentos de R$ 65,4 bi para o ES estão conectados com a tecnologia

Plantas industriais e obras em andamento no Espírito Santo até 2027 estão pautadas em inovação

Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 08:11

Obras de execução da Rodovia do Contorno de Jacaraípe
Obras de execução da Rodovia do Contorno de Jacaraípe Crédito: Vitor Jubini

Um mar de oportunidades e muitas possibilidades para os mais diversos segmentos da economia capixaba. Esses são os impactos da tecnologia e da inovação, presentes de forma majoritária nos investimentos previstos para o Espírito Santo até 2027. São valores totais da ordem de R$ 65,4 bilhões, entre projetos públicos e privados, grande parte já em execução, que têm o avanço tecnológico empregado em suas mais diversas aplicações, segundo a carteira de investimentos previstos pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) para o período entre 2022 e 2027.

“Hoje, não há investimentos de grande porte sem considerar a tecnologia e a inovação presentes em suas diversas etapas, sejam empreendimentos públicos, sejam privados, ainda que o investimento não tenha diretamente a rubrica da tecnologia e inovação”, exemplifica o diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira.

Ele acrescenta que todos os setores passam por essa tendência: agronegócio e indústrias, como as de celulose e papel, mineração e siderurgia, petróleo e gás, além de energias renováveis.

No agronegócio, Lira cita uma fábrica de café solúvel e outra de café instantâneo – que juntas, somente em Linhares, representam investimentos de mais de R$ 1 bilhão no agro do Estado, e estão totalmente conectadas à pauta inovadora.

No setor logístico, um exemplo é a obra da Ciclovia da Vida, na Terceira Ponte, entregue em agosto de 2023. “Graças ao alto nível de inovação e padrão tecnológico, foi possível fazer uma obra dessa magnitude com uma preocupação humana e a partir de uma demanda da sociedade, com padrões construtivos que podem ser replicados em outros lugares do Brasil”, completa. Considerada a ciclovia mais alta do Brasil, a obra foi tida como um desafio de engenharia, por estar 70 metros acima do nível do mar.

José Amarildo Casagrande Diretor-presidente do Banestes
José Amarildo Casagrande Diretor-presidente do Banestes Crédito: Banestes/ Divulgação

Ainda na área de infraestrutura, o Estado está aplicando mais de R$ 100 milhões na construção do Contorno de Jacaraípe, na Serra, usando também novas tecnologias da construção, com sistemas que garantem a drenagem do solo e a estabilidade em momentos de instabilidades climáticas.

No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, somente no eixo de inclusão digital e conectividade, está previsto um investimento de R$ 2 bilhões, para expandir a rede 5G e garantir internet de qualidade em escolas públicas e unidades de saúde. Já em Educação, Ciência e Tecnologia, são 14,6 bilhões destinados para o Estado por meio do programa – com instalação de escolas integrais e modernização da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

O setor de serviços bancários também está inserido no contexto tecnológico. Para o presidente do Banestes, Amarildo Casagrande, não há outro caminho: a tecnologia e a inovação formam o principal foco do banco.

Data: 06/12/2019 - ES - Linhares - Da Findes, Durval Vieira Filho na estação de tratamento de petróleo da Petrobras Fazenda Alegre
Durval Vieira Filho fala sobre as oportunidades para o Estado Crédito: Carlos Alberto Silva

"Hoje, podemos dizer que somos uma empresa de tecnologia que presta serviços bancários. Tudo leva tecnologia e estamos constantemente inovando para atender às demandas do cliente, que são atendidos prioritariamente em canais digitais, chegando a 81% das transações totais por este meio. Dos R$ 290 milhões em investimentos previstos para 2024, R$ 270 milhões são em tecnologia e inovação; R$ 20 milhões em estrutura física"

José Amarildo Casagrande

Presidente do Banestes

De fato, a inovação tem proporcionado a evolução da produção e eficiência em todos os segmentos, segundo Durval Vieira Freitas, CEO da DVF Consultoria. “São robôs nas linhas de produção das indústrias, drones na agroindústria, como alguns exemplos de sucessos. No entanto, precisamos focar na qualificação. Dá para preparar muita gente para lidar com essa gama de novidades tecnológicas. As empresas têm se aliado a escolas e espaços de inovação aberta, o que tem gerado bons resultados. O Estado tem um futuro brilhante e pode gerar oportunidades para pessoas de 18 a 64 anos que possam contribuir nesse processo”, pontua.

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