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Big data e BI entram na rotina do comércio para vender mais

Big data e BI entram na rotina do comércio para vender mais

Análise de dados é aliada para criar mais oportunidades de negócios para essas atividades e também para o turismo

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 16:01

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 Setores de comércio e serviços apostam na análise de dados para conseguir medir margem de lucro
Setores de comércio e serviços apostam na análise de dados para conseguir medir margem de lucro. (Freepik)

A relação entre bytes e negócios chega com peso aos setores de comércio e serviços capixabas. Varejistas, atacadistas e as empresas que atuam com vendas para o mercado externo estão atentas à relevância de se conectar e fazer parte dessa revolução trazida pela internet das coisas, pelo big data, pelo business intelligence (BI) e pela inteligência artificial (IA).

Em um cenário no qual a inovação não é apenas uma opção, mas também uma necessidade imperativa, as ferramentas tecnológicas tornaram-se aliadas indispensáveis na busca por eficiência e excelência, permeando desde os corredores das grandes empresas até os recantos mais singelos das lojas de bairro.

A Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), atenta aos ventos de mudança, projetou o primeiro observatório voltado para o segmento no Estado. A proposta surgiu a partir do projeto Connect, uma aliança entre a federação, a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e a Faesa. A ideia é criar uma sinergia única entre pesquisadores, acadêmicos, empresários e mercado local.

A coordenadora do observatório, Ana Carolina Júlio, destaca a importância dessa iniciativa como um divisor de águas: “Nosso principal objetivo é ter uma matriz mapeada, um monitoramento detalhado, em tempo real, dos dados das principais atividades econômicas nos segmentos do comércio de bens, serviços e turismo”.

Essa visão estratégica promete impulsionar o comércio capixaba e também estabelecer um ecossistema propício à inovação, alimentando o florescimento de startups que não apenas solucionarão as dores do setor, mas também contribuirão para o crescimento econômico e a geração de empregos.

Nesse contexto de evolução, o Shopping Vitória é um dos negócios preocupados com a importância da tecnologia no dia a dia das empresas, para melhorar a rotina de consumidores, lojistas e colaboradores.

Segundo o diretor-geral do mall, Raphael Brotto, há cinco anos, o Shopping Vitória investiu na criação da Gerência de Tecnologia e Informação, buscando no mercado um head para formar uma equipe, com plano de modernização, desenvolvimento de aplicativos, digitalização das operações e processamento de dados do empreendimento.

Uma tecnologia tem sido importante: o uso da inteligência artificial nas câmeras de segurança, ajudando na segurança do estabelecimento e também promovendo a contagem de usuários. “As câmeras fazem identificação de placas de veículos, abandono de objetos e contagem de pessoas. Os estacionamentos subsolos dispõem de sinalizadores de vagas, com sensor”, explica Raphael.

Ele acrescenta ainda iniciativas focadas em economia de energia e otimização de espaços, preparando terreno para a chegada de novos empreendimentos. Na área de gestão de dados, o Shopping Vitória implementa a digitalização de processos, proporcionando informações acessíveis de forma rápida e segura, e planeja usar uma ferramenta de inteligência artificial para consultas simplificadas, até mesmo por meio de comandos de voz. “Fomos pioneiros na instalação de vagas para recarga de carros elétricos e na adesão do sistema de estacionamento por meio de cobrança automática. Os clientes contam ainda com aplicativo para registrar cupons promocionais em datas comemorativas.”

SETOR ATACADISTA

O Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) também tem liderado esforços para aplicação da inovação no setor, apoiando a necessidade de se adaptar às demandas do mercado em constante evolução.

Segundo o presidente da Fecomércio, Idalberto Luiz Moro, que também comanda o Sincades, a inovação é vista como um caminho fundamental para otimizar processos, melhorar a qualidade e, em última análise, aumentar a lucratividade das empresas. “Os dados avaliam as movimentações mensais do Compete [programa de incentivo fiscal do governo do Estado]. Também é possível acompanhar o desempenho arrecadatório do setor atacadista.”

Uma pesquisa realizada em parceria com a Faesa revela que 98% dos associados ao Sincades estão interessados em mais inovação em suas empresas. Para eles, isso representa melhoria contínua para aumentar a competitividade.

O Sincades também lançou o “Atacado em Perspectiva”, um painel interativo de visualização que fornece dados e informações cruciais para o setor atacadista, como indicadores econômicos, expectativas e mercado de trabalho. As informações coletadas nesses setores são essenciais para a tomada de decisões estratégicas.

Para 2024, o Sincades pretende manter investimentos em tecnologia e inovação, capacitando profissionais, fomentando o empreendedorismo acadêmico e buscando soluções que envolvam automação, gestão e até o uso de inteligência artificial para otimizar as vendas e melhorar a eficiência operacional.

COMÉRCIO EXTERIOR

No segmento de comércio exterior, a tecnologia tem desempenhado um papel vital com a crescente adoção de IA e aprendizado de máquina para aprimorar a previsão de demanda, otimização de rotas, gestão de estoques e automação de processos alfandegários.

Segundo o representante do setor Sidemar Acosta, presidente do Sindicato do Comércio Exterior do Espírito Santo (Sindiex), o Portal Único de Comércio Exterior é um exemplo de soluções. “A ferramenta integra recursos digitais, como plataformas de comércio eletrônico e sistemas de gerenciamento baseados em blockchain, para aprimorar a visibilidade e a eficiência nas operações de comércio internacional.”

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Além disso, o Sindiex lançou a plataforma BI Dados Comex em parceria com a Datasource Expert (DEX). Essa plataforma fornece informações sobre a balança comercial capixaba, permitindo uma visão geral de valores, produtos e países de origem e destino das importações e exportações do Espírito Santo. A plataforma é uma ferramenta poderosa para auxiliar na análise de dados e tomada de decisões estratégicas.

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