Mais de 15,9 mil casos de violência contra a mulher foram registrados no Espírito Santo até setembro deste ano
Mais de 15,9 mil casos de violência contra a mulher foram registrados no Espírito Santo até setembro deste ano. Crédito: Freepik

Mais mulheres contam drama de ter de fugir do ex para sobreviver

Os relatos publicados nas redes sociais de A Gazeta, após reportagem sobre dona de casa que vive escondida há 3 anos, mostram que não se trata de um caso isolado

Tempo de leitura: 2min
Vitória
Publicado em 24/10/2023 às 17h57

Inspiradas pela história da capixaba que precisou mudar de cidade e se esconde há 3 anos para não ser assassinada pelo ex-marido, diversas mulheres nas redes sociais quebraram o ciclo do silêncio e decidiram contar suas histórias em publicações nas redes sociais de A Gazeta.

A reportagem de A Gazeta retratou a história de uma dona de casa do Espírito Santo, hoje com 48 anos, que precisou mudar de cidade para se livrar das ameaças e agressões do ex-marido, que culminaram com uma tentativa de homicídio. A mulher que sofria com abuso físicos e psicológicos, não contava com rede de apoio e após várias tentativas de sair do relacionamento, não viu outra alternativa a não ser fugir.

“Eu também passei por isso quando me separei, meu ex tentou me matar e meu pai me tirou da cidade que eu morava, escondido até dos meus filhos. Quando voltei para uma cidade perto da que eu morava para ver meus filhos, ele descobriu e tentou mais uma vez, só que aí pegaram ele. Primeiro ficou 6 meses preso e hoje tem 13 anos que vivo minha vida em paz, graças a Deus”, contou uma capixaba, seguidora de A Gazeta.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp), mais de 15,9 mil casos de violência contra a mulher foram registrados no Espírito Santo até setembro de 2023, o equivalente a 58 mulheres agredidas todos os dias no Estado.  Nesse mesmo período, ocorreram 27 casos confirmados de feminicídio.

“Parece que estou revivendo o que eu vivi anos atrás. Eu também fugi para que meu ex me deixasse em paz. Deixei minhas duas filhas com minha mãe e fui trabalhar em outra cidade. Minha mãe também já ouviu que iria ganhar minha cabeça de presente dentro de uma bandeja. Hoje, graças a Deus, vivo tranquila, mas eu já sofri tanto”, relembrou uma seguidora de Minas Gerais.

Vítima de violência

Seguidora de A Gazeta

"Eu já passei por isso também. Eu morava no interior de Minas Gerais e tive que vir para Vitória para não morrer nas mãos do meu ex. É muito triste viver assim, você ter que largar tudo e simplesmente fugir como se tivesse cometido um crime. Até quando nós mulheres vamos viver assim?"

Em casos de violência contra mulher, o sofrimento não é só vítima; a família sofre junto.

“Minha família passa pela mesma situação. Estamos longe de uma irmã por conta de ameaças do ex”, lamentou a familiar.

Apesar do medo, é de extrema importância que as mulheres que passam pela mesma situação denunciem os agressores e busquem os recursos de proteção da justiça, como fez esta seguidora. 

"A Lei Maria da Penha funcionou comigo. Tenho medida protetiva desde fevereiro de 2022. Ele descumpriu por rede social. Foi preso!"

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