Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 17:05
Sentir-se cansado após um dia cheio é normal. O que não é normal é viver exausto, mesmo depois de dormir bem ou reduzir o ritmo. Esse cansaço persistente, que parece nunca passar, pode ser sinal de uma condição conhecida como fadiga crônica, um sintoma que vem ganhando cada vez mais atenção dos médicos por seu impacto direto na qualidade de vida. >
Segundo a reumatologista Érica Serrano, da Reuma, a fadiga crônica é mais do que simples indisposição. “É uma sensação de exaustão profunda, física e mental, que não melhora com o repouso. Muitas vezes, o paciente relata que acorda cansado e sente que as tarefas do dia se tornam um grande esforço”, explica a médica.>
A condição afeta principalmente mulheres entre 20 e 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade. E a prevalência mundial é estimada entre 0,8% e 3,5%.>
A especialista alerta que o problema pode estar associado a diferentes condições de saúde, especialmente doenças reumatológicas e autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e fibromialgia, todas conhecidas por causar dor e inflamação contínua.>
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Érica Serrano
ReumatologistaAlém das causas clínicas, fatores como sono irregular, estresse prolongado, sedentarismo e até infecções virais, incluindo casos de pós-Covid, também podem contribuir para a fadiga que não passa. Por isso, o diagnóstico exige investigação cuidadosa e multidisciplinar.>
“Não existe um exame específico que comprove a fadiga crônica. O diagnóstico é clínico e depende de uma escuta atenta do médico. É importante que o paciente relate todos os sintomas e o impacto que sente no dia a dia”, destaca a reumatologista.>
O tratamento envolve uma combinação de cuidados: atividade física leve e regular, boa higiene do sono, alimentação equilibrada e, quando necessário, acompanhamento com especialistas em dor e saúde mental.>
“O objetivo é ajudar o paciente a recuperar energia e bem-estar de forma gradual e sustentável. Cada caso é único, e o tratamento precisa respeitar os limites de cada pessoa”, orienta.>
Procure um especialista
Se a fadiga persiste por semanas e interfere nas suas atividades diárias, procure um reumatologista.
Mexa-se
Exercícios leves, como caminhadas e alongamentos, ajudam na liberação de endorfina e na regulação do sono.
Durma bem
Manter horários regulares e reduzir o uso de telas à noite faz diferença na qualidade do descanso.
Não ignore os sinais
O cansaço constante pode ser um alerta do corpo para algo que precisa de atenção médica.
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