Publicado em 15 de outubro de 2025 às 19:32
Cozinhar é um ato cotidiano que vai muito além de preparar uma refeição: envolve cuidado e responsabilidade com a saúde. No entanto, pequenos hábitos aparentemente inofensivos podem se transformar em grandes riscos quando o assunto é segurança alimentar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças transmitidas por alimentos provocam mais de 600 milhões de casos e 420 mil mortes todos os anos em todo o mundo. >
Os sintomas de intoxicação alimentar surgem entre poucas horas e alguns dias após o consumo: náuseas, vômitos, febre, diarreia e dores abdominais. “Se houver sinais de desidratação ou sintomas persistentes, é essencial procurar atendimento médico”, orienta a especialista em segurança dos alimentos Paula Eloize. >
Um dos hábitos mais perigosos na cozinha doméstica é justamente aquele que muitos acreditam ser uma medida de higiene: lavar o frango cru. Embora pareça um cuidado, essa prática é, na verdade, arriscada, pois, segundo Paula Eloize, espalha bactérias invisíveis por toda a cozinha. “A água não elimina as bactérias. Ao contrário: ela carrega microrganismos do frango para pias, louças, utensílios, bancadas e até para as mãos e roupas do manipulador”, explica. >
Entre os patógenos mais perigosos associados ao frango, estão a Salmonella e a Campylobacter , bactérias que podem causar infecções gastrointestinais graves, febre alta, diarreia intensa e, em casos mais severos, hospitalizações e óbitos. “Muitas pessoas acreditam que estão deixando o alimento mais limpo, mas estão transformando sua cozinha em um foco de contaminação cruzada”, reforça Paula Eloize. >
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As gotículas de água espalhadas durante a lavagem de carnes podem viajar até um metro de distância, contaminando superfícies, esponjas, panos e alimentos prontos para o consumo . Nenhuma lavagem é capaz de eliminar bactérias patogênicas. A única forma segura é o cozimento. O frango precisa atingir pelo menos 74 °C para que o calor destrua os microrganismos. “O calor é o único aliado da segurança. A água só espalha o problema”, resume a especialista. >
Abaixo, Paula Eloize lista hábitos que devem ser evitados na cozinha para se proteger de intoxicação alimentar. Confira! >
As bactérias se multiplicam rapidamente entre 5 °C e 60 °C, a chamada “zona de perigo”. Leve os alimentos prontos à geladeira em até duas horas após o preparo. >
O corte cruzado é um dos erros mais graves. Tenha tábuas exclusivas para carnes e para vegetais. >
Lave bem em água corrente e deixe de molho em solução sanitizante própria para alimentos, respeitando o tempo indicado no rótulo. >
Ovos crus podem conter Salmonella . Prefira ovos pasteurizados e cozinhe-os até que a gema esteja firme. >
O leite cru pode conter bactérias como Listeria e E. coli — perigosas especialmente para gestantes, idosos e crianças. >
A contaminação começa nas mãos. Lave as mãos sempre antes e depois de tocar em qualquer alimento cru. >
Mais do que uma questão de limpeza, a segurança dos alimentos é uma questão de saúde pública global. “O conhecimento salva vidas. Pequenas mudanças no preparo e na manipulação podem evitar doenças, internações e até mortes. Segurança dos alimentos não é luxo, é responsabilidade”, conclui a especialista. >
Por Juliana Farias >
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