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Um simples mergulho pode resultar em trauma sério na coluna

Um simples mergulho pode resultar em trauma sério na coluna

Acidentes ao pular em água rasa são segunda causa de lesão na medula

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 14:31

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Passeio às ilhas de Vila Velha. (Fernando Madeira )

Uma diversão para banhistas, principalmente nesta época de verão, se revela bem perigosa para a saúde. Saltar de cabeça na água, seja no mar, no rio, seja na piscina, pode acabar mal.

Acidentes com mergulho são a segunda causa de lesões na medula no país, segundo a Sociedade Brasileira de Coluna.

“Alguns traumas na coluna, em função desse mergulho de cabeça, podem levar a pessoa a ficar paraplégica ou tetraplégica. Dependendo do grau da lesão na coluna, pode ocorrer uma interrupção parcial ou totalmente das conexões nervosas do cérebro para os membros”, explica o ortopedista Bernardo Terra.

Por isso, a recomendação básica é: nunca entre na água pulando. “O certo é sempre entrar com um pé primeiro, devagar, depois com o outro, até que consiga saber a profundidade do local e se há algo no fundo que possa machucar. Tem que ser uma entrada controlada”, afirma o tenente do Corpo de Bombeiros, Carlos Mendes.

DE PÉ

Mesmo o salto em pé é arriscado, segundo ele. “É perigoso porque a pessoa pode torcer o pé ou mesmo quebrar a perna”.

Na praia, há o risco de haver uma pedra submersa muito próxima à superfície. “Nos rios e lagos, pode haver troncos de árvores, por exemplo. E as cachoeiras também são locais de risco por serem áreas rochosas”, aponta o tenente.

Também é difícil medir só com os olhos a profundidade de uma piscina. Para um mergulho seguro, é preciso que ela tenha pelo menos o dobro da altura da pessoa. “O ideal é que as piscinas tivessem uma marcação da profundidade no piso ou numa placa. Como são poucas que dão essa informação, deve-se mesmo evitar brincadeiras de saltos”, orienta.

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De acordo com o tenente, é difícil ter estatísticas com relação a acidentes de mergulho. “Já tivemos alguns registros, como na Curva da Jurema, na Pedra da Andorinha. Mas normalmente o banhista com esse tipo de trauma é socorrido por algum parente, que logo o leva ao hospital”, observa.

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