Publicado em 21 de novembro de 2019 às 16:58
Guardar muitas coisas é um hábito comum, mas pode ser preocupante e um sinal do transtorno de acumulação. O grande problema acontece quando essa prática prejudica a saúde e o convívio social. Para falar melhor sobre o assunto, conversamos com a psicóloga e psicanalista Cássia Rodrigues.
É uma doença que se manifesta pelo comportamento de guardar objetos de forma extrema. Caracteriza-se como patologia quando prejudica o bem-estar e causa estresse entre o paciente e as pessoas que convivem com ele.
É muito comum termos objetos que possuem valor emocional e fazemos questão de guardá-los. O grande problema está no excesso. O acumulador geralmente se isola, perde o controle sobre a quantidade de coisas que está guardando, não reconhece que tem uma patologia e perde espaço com as coisas que acumula.
É mais comum conseguirmos verificar o transtorno em idosos por que eles passaram muitos anos acumulando as coisas. Mas essa patologia afeta também os jovens, apesar de o diagnóstico ser um pouco mais difícil.
Pelo médico psiquiatra, através do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), que elenca os critérios necessários para o diagnóstico do transtorno.
A partir do diagnóstico, o especialista avalia se há a necessidade de medicação por conta de algum problema associado, como crise de ansiedade, e encaminha o paciente ao psicólogo para iniciar o tratamento psicoterápico.
Sim, apenas mudamos o local de armazenamento. As pessoas que sofrem com esse transtorno acreditam que essas coisas, materiais ou virtuais, podem ser úteis em algum momento. O resultado é estresse e desorganização, na vida real ou na digital.
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