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Camas se tornam protagonistas nos quartos infantis

Camas se tornam protagonistas nos quartos infantis

Arquitetas valorizaram a cama nos projetos criados para as crianças

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 20:46

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Juliana Goulart escolheu o modelo montessoriano. (Camila Santos)

A criançada não costuma ser muito chegada em dormir. Pelo contrário. Em muitas casas, é um verdadeiro sacrifício colocar os filhos na cama, já que o que eles querem mesmo é diversão. Só que dormir também pode ser divertido quando as camas viram as protagonistas do projeto de decoração do ambiente.

E foi o que aconteceu na proposta da arquiteta Mariah Cardoso para um garotinho de 2 anos, que ganhou um quarto novo depois do nascimento do irmão. “O mote inicial foi a criação de um ambiente lúdico, onde o pequeno pudesse ganhar independência e autonomia através do uso dos móveis em alturas, dimensões e temas infantis. E a cama foi o ponto de partida”.

Ela apostou em uma cama de casinha, que foi desenhada pelo seu próprio escritório. “Ela foi projetada com uma estrutura que possibilita a instalação de uma cabaninha, que pode ser facilmente colocada e retirada com o uso de velcros. Ao lado, criamos uma estrutura que conjuga nichos, porta-livros e uma luminária, que também cria uma atmosfera de aconchego”, explica Mariah.

Mariah Cardoso escolheu a casinha estilo cabaninha. (Mariah Cardoso)

Todos os outros itens de mobiliário, tanto os caixotes para brinquedos, como a mesinha para desenho e a cadeirinha de coelho, foram idealizados e desenhados a fim de explorar ao máximo o vasto universo que habita o imaginário infantil. “A ideia foi criar um quartinho conchegante e funcional que auxile no desenvolvimento do nosso minicliente, dando-lhe autonomia, sem deixar de despertar a sua imaginação”.

Quarto múltiplo

A arquiteta Daniela Caser também resolveu valorizar a cama quando foi criar o projeto de um quarto infantil. Optou por uma cama suspensa, que ela considera um coringa na decoração. “As crianças amam. É como se fosse um esconderijo, uma varanda, um terraço ou um observatório. Veja quantas possibilidades a beliche sugere, além de ter o mistério e a privacidade que amamos quando somos crianças!”, enumera a profissional.

Daniela Caser optou por uma cama suspensa. (CAMILA SANTOS )

Para deixar o ambiente ainda mais lúdico, o mobiliário também entra na brincadeira. A mesa, por exemplo, serve para brincar, desenhar, estudar e até montar um quebra-cabeça. “Ela é baixa e está na altura correta para crianças se divertirem”, ressalta. Já os móveis foram pensados para guardar objetos, e os nichos, prateleiras e gavetas setorizam e organizam os espaços. “O banco gaveteiro dá suporte aos eletrônicos do quarto, som e vídeo”, diz Daniela. As paredes foram revestidas com papel e, sobre ele, foram colados adesivos que formam cenas do imaginário infantil. “No teto e na porta fizemos, com um artista, dragões e cenas da floresta, impressas em adesivo”.

Quarto para um casal

Uma cama montessoriana e um berço foram as escolhas de Juliana Goulart para o desafio de projetar um quarto para um casal de irmãos: uma menina de 3 anos e um menino recém-nascido. “Pontuamos móveis essenciais para uma boa funcionalidade e para atender as demandas de cada um”, diz a arquiteta. Enquanto para o menino foi desenvolvido o berço, para a menina foi criada a cama montessoriana, estimulando a autonomia e reforçando a vontade para explorar o espaço. “Também usamos prateleiras baixas para colocar os livros, uma mesinha para desenhar e um espelho em formato de flor, que compõe como arte da parede”.

A cama da menina ganha destaque no projeto. “Ela vem do conceito do quarto montessoriano, em que, ao contrário de camas altas, o colchão é quase no chão, oferecendo maior liberdade para os pequenos, que podem se deitar e se levantar quando quiserem. E os pais ficam livres da preocupação de eles caírem da cama”, diz Juliana, ressaltando que o design da cama deixou a decoração mais divertida. “E a dona do quarto adorou!”, garante.

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Cestos de brinquedos, mesa e cadeira, além das prateleiras de livros, compõem o cenário. Ela ainda apostou nos tons pastel e acinzentados, que são atemporais e fazem uma composição perfeita com o papel de parede Guache, assinado por uma artista. “A paleta de cores escolhida propõe um diálogo entre os irmãos, além de manter a decoração por mais tempo durante a infância. As cores despertam a imaginação, criatividade e a interação da criança com o seu mundo. O principal desafio desse projeto foi criar um ambiente capaz de estimular e criar o convívio dos irmãos”.

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