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Turquia aceita cinco dias de cessar-fogo na Síria

Turquia aceita cinco dias de cessar-fogo na Síria

A medida foi tomada para permitir que as forças curdas sejam retiradas da região

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 19:01

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O exército turco iniciou uma ofensiva contra a YPG, que é considerada uma organização terrorista por Ancara. (Pixabay)

Agência FolhaPress - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, anunciou nesta quinta-feira (17) que a Turquia se comprometeu a suspender temporariamente a ofensiva no nordeste da Síria para permitir a retirada das forças curdas que estão na região.

Pence foi enviado pela Casa Branca a Ancara para tentar convencer o mandatário turco, Recep Tayyip Erdogan, a aceitar um cessar-fogo. "Uma semana após as forças turcas entrarem na Síria, Turquia e EUA combinaram um cessar-fogo em território sírio. Será uma pausa nas operações militares por 120 horas, enquanto os Estados Unidos facilitam a retirada da milícia curda da área afetada na zona segura", disse o norte-americano.

Durante esse período, a milícia YPG deve se retirar da área. Em tese, a operação turca termina assim que a retirada estiver completa, segundo Pence.

O presidente americano, Donald Trump, classificou o resultado da negociação como "ótima notícia" e disse que "milhões de vidas serão poupadas".

O exército turco iniciou uma ofensiva contra a YPG, que é considerada uma organização terrorista por Ancara, em 9 de outubro. As ações militares começaram depois que Trump anunciou a retirada de suas forças militares no norte Síria, onde apoiavam os curdos no combate à facção terrorista Estado Islâmico (EI).

Na prática, a saída dos curdos representa uma vitória do governo de Erdogan -já que o objetivo da operação era criar uma "zona de segurança" ao longo da fronteira para realocar parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios que vivem no país.

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Para isso acontecer, os curdos precisam sair de lá. Com entre 30 milhões e 40 milhões de integrantes, eles são uma nação apátrida que vive há milênios na região e são considerados separatistas pelo governo.

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