Publicado em 10 de setembro de 2024 às 15:22
Os eleitores vão às urnas no dia 5 de novembro, nos Estados Unidos, para eleger o próximo presidente do país.>
Inicialmente, a eleição era uma revanche de 2020, mas isso mudou em julho, quando o presidente americano, Joe Biden, encerrou sua campanha, retirou sua candidatura e apoiou a de sua vice, Kamala Harris.>
A grande questão agora é: o resultado vai significar um segundo mandato de Donald Trump ou será eleita a primeira mulher presidente dos EUA?>
À medida que o dia da eleição se aproxima, vamos acompanhar as pesquisas de intenção de votos — e observar que efeito grandes eventos, como o debate presidencial desta terça-feira (10/9), vão ter na corrida pela Casa Branca.>
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Nos meses que antecederam a decisão de Biden de desistir da disputa, as pesquisas mostraram o democrata consistentemente atrás do ex-presidente Trump. Embora fosse um cenário hipotético na época, várias pesquisas sugeriam que Harris não se sairia muito melhor.>
Mas a disputa ficou mais acirrada depois que ela começou a campanha e desenvolveu uma pequena vantagem sobre seu adversário, — de acordo com a média das pesquisas nacionais — que ela mantém desde então. As médias dos dois candidatos nas últimas pesquisas são apresentadas abaixo, arredondadas para o número inteiro mais próximo.>
No gráfico de monitoramento de pesquisas abaixo, as linhas de tendência mostram como essas médias mudaram desde que Harris entrou na corrida eleitoral, e os pontos mostram a dispersão dos resultados individuais das pesquisas.>
Harris alcançou 47% das intenções de voto durante a convenção de quatro dias do seu partido em Chicago, que ela encerrou com um discurso, em 22 de agosto, prometendo um "novo caminho a seguir" para todos os americanos. Seus números mudaram muito pouco desde então.>
A média de Trump também permaneceu relativamente estável, oscilando em torno de 44%, e não houve aumento significativo com o endosso de Robert F Kennedy, que suspendeu sua candidatura independente em 23 de agosto.>
Embora estas pesquisas nacionais sejam um guia útil sobre a popularidade de um candidato em todo o país, elas não são necessariamente uma maneira precisa de prever o resultado da eleição.>
Isso acontece porque os EUA utilizam um sistema de Colégio Eleitoral para eleger seu presidente, então conseguir a maioria dos votos pode ser menos importante do que onde eles são conquistados.>
Há 50 Estados nos EUA, mas como a maioria deles quase sempre vota no mesmo partido, na verdade há apenas um punhado em que ambos os candidatos têm chance de vencer. Conhecidos como Estados-pêndulo, eles são os lugares onde a eleição vai ser decidida.>
No momento, as pesquisas estão muito apertadas nos sete Estados considerados decisivos para a disputa, o que torna difícil saber quem realmente está liderando a corrida eleitoral. Há menos pesquisas estaduais do que nacionais, então temos menos dados para trabalhar — e cada pesquisa tem uma margem de erro que significa que os números podem ser maiores ou menores.>
Da forma como está, as pesquisas recentes sugerem que há um ou menos de um ponto percentual separando os dois candidatos em vários Estados. Isso inclui a Pensilvânia, que é fundamental, uma vez que tem o maior número de votos no Colégio Eleitoral — e, por isso, torna mais fácil para o vencedor alcançar os 270 votos necessários.>
Pensilvânia, Michigan e Wisconsin eram todos redutos democratas antes de Trump torná-los republicanos na sua trajetória para conquistar a presidência em 2016. Biden os reconquistou em 2020, e se Harris conseguir fazer o mesmo este ano, ela vai estar a caminho de ganhar a eleição.>
Em um sinal de como a corrida eleitoral mudou desde que Harris se tornou a candidata democrata, no dia em que Joe Biden desistiu da disputa, ele estava atrás de Trump por quase cinco pontos percentuais, em média, nestes sete Estados decisivos.>
Os números que usamos nos gráficos acima são médias criadas pelo site de análise de pesquisas 538, que faz parte da rede de notícias americana ABC News. >
Para criá-las, o 538 coleta dados de pesquisas individuais realizadas tanto nacionalmente quanto em Estados-pêndulo por várias empresas de pesquisa.>
Como parte de seu controle de qualidade, o 538 inclui apenas pesquisas de empresas que atendem a certos critérios, como ser transparente sobre quantas pessoas entrevistaram, quando a pesquisa foi realizada e como a pesquisa foi conduzida (por telefone, mensagem de texto, online, etc.).>
No momento, as pesquisas sugerem que Kamala Harris e Donald Trump estão a alguns pontos percentuais um do outro, tanto nacionalmente quanto em Estados decisivos — e quando a disputa é tão acirrada, é muito difícil prever os vencedores.>
As pesquisas subestimaram o apoio a Trump tanto em 2016 quanto em 2020. As empresas de pesquisa tentam corrigir esse problema de várias maneiras, inclusive como fazer com que seus resultados reflitam a composição da população que vota.>
Esses ajustes são difíceis de acertar, e os pesquisadores ainda precisam fazer suposições baseadas em outros fatores, como quem realmente vai comparecer para votar em 5 de novembro.>
Escrito e produzido por Mike Hills e Libby Rogers. Design de Joy Roxas.>
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