Publicado em 3 de maio de 2025 às 14:24
A polícia japonesa prendeu neste sábado (3) um homem suspeito de ter relação com o caso da brasileira Amanda Borges, encontrada morta dentro de um apartamento, segundo a imprensa local.>
O homem, de 31 anos, morava no apartamento onde o corpo de Amanda foi encontrado. Segundo a emissora estatal japonesa NHK, ele se chama Abeysuriyapatabedige Pathum Udayanga, é natural do Sri Lanka e está desempregado.>
Ele foi preso sob suspeita de incêndio criminoso. A relação entre Udayanga e a brasileira ainda não está clara e é investigada. Segundo a polícia japonesa, embora ele tenha percebido que o interior do apartamento estava começando a pegar fogo, Udayanga saiu do local sem tentar apagar as chamas, o que fez com que o fogo se alastrasse. >
Udayanga prestou depoimento e admitiu não ter apagado o incêndio. "Fiquei em choque e não consegui apagar o fogo", disse o suspeito, de acordo com a estatal japonesa. De acordo com a NHK, o local da morte de Amanda é um apartamento em um prédio de dois andares em Hon-Sanrizuka, na cidade de Narita.>
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Amanda pode ter morrido em decorrência do incêndio. O delegado que acompanha o caso afirmou à família que a brasileira pode ter sido morta por asfixia devido à inalação da fumaça.>
Pertences de Amanda, como bolsas e o celular, foram roubados. A polícia investiga se ela foi dopada e se houve abuso sexual. "Aparentemente, foi um latrocínio, roubo seguido de morte. Tentaram ocultar o cadáver também", disse Thiago Borges, primo de Amanda, à Record TV.>
Itamaraty informou que o Consulado-Geral o Brasil em Tóquio está ciente do caso. O governo brasileiro está em contato com a família de Amanda e com as autoridades japonesas, segundo a nota divulgada pelo ministério.>
Governo de Goiás afirmou que também está em contato com a família dela. O estado iniciou o processo para auxílio funerário, segundo o Gabinete de Assuntos Internacionais.>
Amanda, 30, nasceu em Caldazinha, no interior de Goiás. "Era uma jovem cheia de sonhos, querida por todos, e sua partida repentina deixa um vazio profundo em nossa comunidade", lamentou a prefeitura da cidade. Atualmente, no entanto, ela morava em São Paulo com o namorado.>
A goiana era mestra em linguística. Ela estudou na Faculdade de Letras da UFG (Universidade Federal de Goiás) e concluiu o mestrado em 2023.>
Amanda era apaixonada por Fórmula 1. Nas redes sociais, a pesquisadora compartilhou diversas publicações sobre as corridas. Ela foi ao Japão justamente para acompanhar o GP de Fórmula 1 no país, que ocorreu no dia 6 de abril.>
Amanda estava acostumada a viajar. A pesquisadora compartilhava nas redes sociais registros de diversas viagens pelo Brasil e pelo mundo. Nas publicações, ela demonstrava seu amor pelo Rio de Janeiro. "É sempre bom estar por aqui", disse em um post em uma praia da capital fluminense.>
Antes de viajar ao Japão, ela foi à Coreia do Sul. No início do mês, Amanda viajou ao país para cuidar de um parente do companheiro e só depois seguiu para o Japão.>
Ela publicou fotos da viagem ao Japão no Instagram. Em um dos posts, Amanda conta que esqueceu uma mochila no trem. "Gente, o Japão é muito seguro. Fiquei impressionada. Que país você vai perder sua mochila com dinheiro e ela vai ser devolvida intacta?", disse em um vídeo.>
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