Publicado em 21 de abril de 2025 às 15:39
Com a morte do papa Francisco, inicia-se um processo longo, que passa por um período de luto e pelos rituais fúnebres, até a eleição de um novo pontífice.>
Os papas são tradicionalmente escolhidos por cardeais em um processo eleitoral extremamente secreto que remonta aos tempos medievais.>
Ao todo, 135 cardeais podem participar do processo eleitoral desta vez – há mais cardeais do que isso em todo o mundo, mas aqueles com mais de 80 anos não têm permissão para votar.>
Os cardeais são membros sêniores da Igreja Católica escolhidos pessoalmente pelo papa. Geralmente são bispos de importantes dioceses do mundo, mas padres ou diáconos também podem ser nomeados. >
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Atualmente, sete cardeais brasileiros podem participar e votar no conclave para escolher o novo papa.>
O Brasil tem um oitavo cardeal, o Arcebispo Emérito de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis. Porém, aos 88 anos, o religioso não é mais considerado um cardeal-eleitor.>
Veja, a seguir, quem são os brasileiros que podem ajudar a eleger o novo papa.>
Arcebispo Metropolitano de São Paulo, o gaúcho Dom Odilo Pedro Scherer tem 75 anos e participou do conclave que elegeu o papa Francisco em 2013. Na época, Scherer chegou a ser mencionado pela imprensa mundial como um possível candidato para suceder Bento 16.>
Em 2024, o cardeal encaminhou seu pedido de renúncia ao Vaticano - segundo as normas da Igreja Católica, todos os bispos devem solicitar a renúncia ao completarem 75 anos. O papa Francisco acolheu o pedido de Dom Odilo, mas requisitou que ele permanecesse no cargo até 2026.>
Aos 77 anos, Dom João Braz de Aviz se tornou cardeal em 2012, pelas mãos do então papa Bento 16. Também participou do conclave que elegeu Francisco em 2013.>
O cardeal natural de Santa Catarina serviu até janeiro deste ano como prefeito do Dicastério para os Institutos da Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica no Vaticano, o departamento responsável por gerir todas as congregações religiosas do mundo. Aviz passou 14 anos no cargo.>
O cardeal é Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro desde 2009. Natural do interior de São Paulo, o religioso de 74 anos faz parte da Ordem dos Monges Cistercienses. Foi criado cardeal pelo papa Francisco em 2014.>
Arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, o religioso paulista é cardeal desde 2016. Antes de assumir a Arquidiocese de São Salvador da Bahia, foi arcebispo de Brasília e de Teresina.>
Em 2023, Rocha foi nomeado membro do Conselho de Cardeais, conhecido como G-9. O conselho foi instituído pelo papa Francisco para assisti-lo no projeto de reforma da Cúria Romana e no governo da Igreja. O cardeal tem 65 anos.>
Arcebispo de Manaus, se tornou cardeal em 2022. Natural de Forquilhinha, em Santa Catarina, o religioso de 74 anos foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 2011 e 2019.>
Dom Leonardo Steiner faz parte da Ordem dos Frades Menores, também chamada de Ordem dos Franciscanos.>
Atual Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa é o mais novo da lista de brasileiros que participarão do conclave, com 57 anos. Se tornou cardeal em 2022, nomeado pelo papa Francisco.>
Arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler é também o atual presidente da CNBB e do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho). Aos 64 anos, ele foi o último brasileiro a se tornar cardeal, tendo sido nomeado pelo papa Francisco em dezembro de 2024.>
Os cardeais devem se reunir no Vaticano entre o 15º e o 20º dia após a morte do papa, onde ficarão em acomodações especiais enquanto as eleições acontecem.>
Tecnicamente, qualquer homem católico romano pode ser eleito papa. Mas desde 1379, todo papa é selecionado do Colégio de Cardeais, o grupo que vota no conclave.>
Isso significa que os sete cardeais brasileiros que participarão do conclave também podem ser votados para se tornar o novo papa.>
Mas, para ser eleito, um cardeal precisa receber apoio de dois terços dos cardeais-eleitores - e a votação continua até que isso seja alcançado.>
Se os cardeais não conseguirem chegar a um acordo sobre a pessoa a ser eleita, a votação é suspensa por um dia de oração e discussão antes de a votação começar novamente.>
Na reunião, todos eles, incluindo os aposentados, discutirão em segredo os méritos dos prováveis candidatos.>
Segundo o Vaticano, os cardeais são guiados pelo Espírito Santo. Mas embora uma>
campanha pública seja proibida, a eleição papal ainda é um processo altamente político.>
Os encarregados pela coalizão têm duas semanas para forjar alianças, e acredita-se que os cardeais mais velhos, apesar de terem menos chances de se tornarem pontífices, reúnem maior poder de influência.>
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