Publicado em 22 de agosto de 2025 às 12:25
Agentes do FBI revistam, nesta sexta-feira (22/8) a casa de John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional da primeira gestão de Donald Trump, segundo relatos da imprensa americana.>
Fotos publicadas por alguns veículos de notícias dos EUA mostraram veículos e agentes policiais na área próxima à casa de Bolton, no bairro de Bethesda, em Washington, D.C.>
Em um comunicado enviado à CBS, parceira de notícias da BBC nos EUA, o FBI afirmou estar conduzindo "atividades autorizadas na área".>
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O New York Post, que publicou a notícia em primeira mão, afirmou que a busca faz parte de uma longa investigação sobre documentos confidenciais.>
Embora o diretor do FBI, Kash Patel, tenha postado que "ninguém está acima da lei" no momento em que a busca foi iniciada, não houve mais detalhes sobre essa publicação, feita no X, e não está claro a que ele se referia.>
A postagem foi republicada pela Procuradora-Geral Pam Bondi, que acrescentou que "a segurança dos Estados Unidos não é negociável. A justiça será buscada. Sempre".>
Nem Bolton e nem a Casa Branca se pronunciaram até o momento.>
De acordo com a Associated Press, Bolton não foi detido e nenhuma acusação criminal foi apresentada.>
Em 2020, Bolton já havia sido acusado de lidar incorretamente com informações confidenciais ao publicar seu livro, The Room Where it Happened(A sala onde aconteceu, em tradução livre).>
A publicação é um relato de sua gestão no primeiro governo Trump, entre 2018 e 2019, com informações relevantes que não vieram à tona durante o processo de impeachment de Trump.>
As alegações motivaram uma ação judicial movida pelo Departamento de Justiça, que, em 2019, declarou a um juiz que se tratava de uma "violação flagrante" de um acordo de não divulgação de assuntos confidenciais.>
A ação foi finalmente arquivada em junho de 2021, durante o governo do presidente Joe Biden.>
Bolton teve sua proteção de segurança retirada pelo governo Trump em janeiro, juntamente com vários outros ex-funcionários que já entraram em conflito com o presidente.>
Desde que deixou o governo em 2019, Bolton tornou-se um crítico ferrenho de Trump e escreveu em seu livro que "uma montanha de fatos demonstra que Trump não é apto para ser presidente".>
Bolton foi a terceira pessoa a assumir o Conselho de Segurança no primeiro mandato de Trump — um cargo marcado por uma série de renúncias e desentendimentos públicos com o presidente e demissões.>
Antes de ingressar no governo Trump, ele foi brevemente embaixador dos EUA na ONU, de 2005 a 2006, durante o governo George W. Bush, e atuou como procurador-geral adjunto durante o governo Ronald Reagan, na década de 1980.>
Bolton também ajudou a construir a alegação de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, o que se revelou falso.>
O relacionamento de Bolton com Trump azedou depois que divergências políticas começaram a surgir e o presidente anunciou que o havia demitido em uma publicação nas redes sociais em setembro de 2019.>
"Informei John Bolton ontem à noite que seus serviços não são mais necessários na Casa Branca", escreveu ele. "Discordei veementemente de muitas de suas sugestões, assim como outros membros do governo, e, portanto, pedi a renúncia de John, que me foi entregue esta manhã.">
Bolton contestou o fato, afirmando ter se oferecido voluntariamente para renunciar.>
Republicano, ele se tornou, nos últimos anos, um crítico ferrenho de Trump e afirmou que não votou em seu ex-chefe nas eleições de 2020.>
No início deste ano, a autorização de segurança nacional de Bolton foi revogada pelo governo Trump. Sua equipe de segurança, designada a ele após ameaças de assassinato do Irã, também foi retirada.>
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