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China anuncia sanções contra 28 funcionários da administração Trump

China anuncia sanções contra 28 funcionários da administração Trump

Ministério das Relações Exteriores disse que, nos últimos anos alguns políticos anti-China, entre eles Mike Pompeo, ofenderam o povo chinês e perturbaram a relação.

Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 17:48- Atualizado há 3 anos

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O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo
O ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A China anunciou nesta quarta-feira (20), logo após a posse do democrata Joe Biden, sanções contra 28 funcionários do governo do agora ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, incluindo seu secretário de Estado, Mike Pompeo.

Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores disse que, nos últimos anos, "alguns políticos anti-China nos Estados Unidos, movidos por interesses políticos egoístas e preconceituosos contra a China (...) ofenderam o povo chinês e perturbaram seriamente" a relação entre Washington e Pequim.

"A China decidiu sancionar 28 pessoas que violaram gravemente a soberania da China", continua o texto.

Além de Pompeo, estão na lista o assessor comercial de Trump, Peter Navarro, o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O'Brien, o subsecretário para o Leste Asiático e Assuntos do Pacífico, David Stilwell, o secretário de Saúde, Alex Azar, e a enviada na ONU (Organização das Nações Unidas), Kelly Craft.

Pequim também sancionou o ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, John Bolton, e o ex-assessor e ideólogo de extrema direita Steve Bannon.

Com a medida, esse grupo, assim como seus familiares próximos, fica proibido de entrar na China continental, em Hong Kong e em Macau. Além disso, também estão impedidos de fazer negócios com o país asiático, assim como qualquer empresa ou instituição ligadas a eles.

Na terça (19), em uma audiência de confirmação do Senado, Antony Blinken, nome de Biden para a secretaria de Estado, reforçou discurso anti-China.

"Devemos enfrentar a China a partir de uma posição de força, não de fraqueza", disse Blinken que, caso seja aprovado, vai ocupar uma das posições mais importantes do governo, chefiando a diplomacia americana.

O indicado de Biden não descartou, porém, a possibilidade de trabalhar com interesses mútuos entre Washington e Pequim.

É preciso, segundo ele, "não denegrir aliados" e não se afastar de políticas e instituições internacionais, "semeando o terreno para a China escrever regras e normas" –referindo-se às decisões de Trump de tirar o país de órgãos globais, como a Organização Mundial da Saúde, e de tratos, como o Acordo de Paris.

O diplomata ainda disse acreditar que o republicano estava certo em adotar uma abordagem mais dura para a China, discordando apenas da maneira como essa postura foi conduzida.

Também na terça, o governo Trump declarou que a China comete "genocídio e crimes contra a humanidade" ao reprimir muçulmanos uigures e outras minorias na região de Xinjiang –a decisão não gera nenhuma penalidade automática à China, mas coloca pressão para que países e empresas deixem de fazer negócios na região, uma das maiores fornecedoras globais de algodão.

Ao comentar o assunto, Blinken disse que os EUA devem defender seus valores democráticos "quando os direitos humanos são violados em Xinjiang" ou "quando a democracia é pisoteada em Hong Kong".

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