Publicado em 12 de março de 2020 às 18:06
Crianças estão sem aulas em mais da metade (23) dos países europeus, e em 17 deles todas as escolas foram fechadas por causa do novo coronavírus.>
A medida, que já atinge uma pópulação de mais de 335 milhões de pessoas, é uma das mais polêmicas entre as anunciadas pelos governos. Sem ter onde deixar seus filhos, pais têm sido obrigados a faltar ao trabalho.>
Para reduzir esse problema, a Áustria abriu exceção para que, mesmo sem aulas, os alunos fiquem sob supervisão de funcionários nos edifícios escolares.>
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A questão vira um problema de saúde quando são os avós os encarregados a cuidar das crianças. Os idosos são a faixa etária mais suscetível a complicações da doença, e a probabilidade de maiores de 80 anos que se contaminam chegarem à morte vai até 15%, segundo estudos feitos na China.>
O contato diário com os netos, que circulam por outros lugares, pode acabar levando o coronavírus para dentro da casa dos avós.>
Outro efeito negativo acontece nos países que suspenderam aulas nas universidades, já que os estudantes acabam voltando para suas cidades de origem, o que pode espalhar o contágio.>
Países que não adotaram o fechamento total da rede escolar argumentam também que os mais jovens são os menos vulneráveis à covid-19, doença causada pelo coronavírus.>
Os governos de Portugal e Reino Unido defenderam nos últimos dias que a medida mais drástica seja aplicada apenas em colégios que registrem contágios.>
Já o cancelamento total de aulas foi adotado até mesmo em países com pouquíssimos casos registrados e nenhuma morte, como Turquia (1 caso), Lituânia (3), Moldávia (4), Macedônia e Malta (3 em cada).>
Conforme a epidemia avança, novos governos têm optado pelo fechamento total de escolas. A Irlanda anunciou a medida pela manhã; à noite, o presidente da França, Emmanuel Macron, que vinha defendendo fechamentos caso a caso, anunciou que as aulas serão suspensas em todos os níveis a partir da próxima segunda-feira.>
Segundo ele, a medida é necessária porque "são as crianças e jovens que espalham os vírus". O presidente também pediu aos maiores de 70 anos que evitem sair de casa. Visitas a asilos foram proibidas.>
O aumento no número de casos têm feito surgirem novas restrições, que variam bastante de país para país, independentemente do número de doentes ou de mortes.>
Além da Itália, que colocou o país todo em quarentena, a Eslováquia proibiu viagens nesta quinta e anunciou que as fronteiras ficarão abertas apenas para a entrada de residentes no país.>
República Tcheca e Polônia decretaram estado de emergência, o que permite ao governo impor várias restrições à população. Reino Unido, Espanha, França, Holanda e Noruega orientaram o auto-isolamento de quem tiver contato com doentes ou sintomas de gripe.>
Eventos públicos foram cancelados total ou parcialmente em 11 países, e em 14 há número máximo de pessoas que podem se reunir num mesmo local, de 30, na República Tcheca, a 1.000, na Alemanha, França e outros quatro países.>
Restaurantes foram fechados na Noruega e cidades da Albânia, e precisam fechar às 20h na República Tcheca.>
O aperto nas restrições de mobilidade provocou corrida aos supermercados em vários países. Prateleiras vazias e tumulto em lojas foram descritos na Espanha, na França, na Irlanda e em Portugal.>
Com os sistemas de saúde sobrecarregados, Áustria e França suspenderam tratamentos que não sejam urgentes. Hungria e Eslováquia proibiram visitas a hospitais.>
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