Propósito e reputação são dois conceitos que caminham juntos quando se trata de valor de uma empresa. Mas a sua consolidação depende de uma construção diária; não podem se revelar superficiais ou efêmeros. Em um cenário competitivo, são eles que podem fazer a diferença para o sucesso da marca.
Dados da Associação Baiana do Mercado Publicitário indicam que, para 2020, eram projetados 110 bilhões de gigabytes de informações e gerações de inputs por dia, ou seja, muitas marcas disputando a atenção do cliente, mas oferecendo produtos e serviços similares.
Marilia Debanné, diretora-executiva da MP Publicidade, ressalta que a conquista de atenção em um cenário de superexcitação e informação, ampliado pelo fenômeno das redes sociais, passa primeiro pelo entendimento das demandas do público com quem a marca quer comunicar.
Não adianta tentar dizer tudo para todo mundo. É a partir das necessidades do seu público que a empresa define sua estratégia de comunicação. Nesse momento, entram pertinência, relevância e, principalmente, a criatividade, que farão a diferença para conquistar a atenção, o reconhecimento e o engajamento das pessoas, pontua.
Também não basta somente estabelecer essa relação de reconhecimento do público. Em uma sociedade cada vez mais exigente, a empresa precisa demonstrar os valores que a sustentam.
Questionada sobre como a marca pode construir sua reputação e ter sucesso, Marilia Debanné observa que o ponto fundamental é coerência.
Tem que fazer sentido para todos. Empresa, clientes, empregados, sociedade. Quanto mais verdadeiro for o propósito, e quanto mais ele expressar os valores internos da companhia e, acima de tudo, as suas práticas, mais fortalecida será a sua reputação, argumenta.
Mas ter um propósito não pode ser apenas uma estratégia adotada porque está na moda. Marília Debanné frisa que, quem age e trabalha dessa maneira, não constrói marca nem negócio sustentável. A diretora-executiva lembra que propósito tem a ver com valores compartilhados e precisa fazer sentido para todos.
Num momento como o atual, em que o mundo vive uma crise provocada pela Covid-19, a professora Erlana Castro, especialista em empreendedorismo, inovação e estratégia criativa, afirma que é difícil ter um conceito fechado sobre o que as marcas vão representar daqui para frente. Por essa razão, ela avalia que é hora de as empresas reverem seus propósitos e terem em mente as bandeiras que representam ou apoiam.
Esse olhar para dentro é fundamental para o processo de crescimento. A partir dessa reflexão, a organização conseguirá observar se e como o seu ecossistema se transforma, conclui.
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