Publicado em 16 de abril de 2024 às 18:44
Ela está ligada ao bodyboarding desde a barriga da mãe. Aos 12 anos, começou a seguir os seus passos no esporte. E, agora em 2024, mãe e filha vivem uma nova experiência: a de serem adversárias. Neymara Carvalho, 48 anos, décima quinta colocada no ranking mundial, e Luna Hardman, 18 anos, atual número dois do mundo, vão disputar juntas a categoria profissional da etapa brasileira do Circuito Mundial de Bodyboarding Feminino, o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro, a partir do dia 20 e até o dia 27 de abril, na praia de Jacaraípe, na Serra, Espírito Santo.>
Pentacampeã mundial e com dez títulos brasileiros na carreira, Neymara competiu até os cinco meses de gravidez. Hoje, vibra muito a cada conquista da filha e não esconde que ainda está aprendendo a enxergar em Luna uma adversária no bodyboarding.>
“É uma experiência nova que estou vivendo e aprendendo a lidar com isso. É um momento novo na minha carreira, porque já competi com todas as adversárias possíveis, mas uma mãe disputar com a própria filha, para mim está sendo lindo, maravilhosa experiência, mas ao mesmo tempo estou tendo de lidar com esse sentimento de mãe, protetora, acolhedora. E deixar todo esse papel de mãe de lado e focar na atleta. Olhar para o lado e encarar minha filha como uma adversária é hoje um dos pontos mais difíceis que estou vivendo na minha carreira, com certeza. Mas também um dos mais gloriosos”, afirma Neymara.>
Luna, desde sempre, tem a mãe como exemplo. Campeã mundial Pro Junior em 2022, conquistou no ano passado o seu primeiro título profissional ao vencer uma das etapas do Circuito Brasileiro, e vai disputar em 2024 seu último ano na categoria Pro Junior. E campeã em lidar melhor do que Neymara quando o assunto é ser adversária de sua mãe.>
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“Eu acho muito legal competir com a minha mãe. Mas, na hora, quando a gente entra na bateria, consigo diferenciar bem o afeto e a competição. Eu trabalho muito bem isso e acredito que ela está começando a ficar melhor nisso agora. Está aprendendo e me dando dura. Ela é um exemplo para todas as meninas do mundo. Então, disputar com minha mãe é muito importante para subir o meu nível e para viver essa experiência de competição mesmo”, explica Luna.>
Capixabas, mãe e filha vão viver essa experiência inédita em casa, e não escondem a expectativa de entrar na água para essa etapa brasileira do Mundial. >
“Estamos nos preparando muito, treinando bastante e estou muito ansiosa porque vai ser aqui em casa, na nossa zona de conforto. Meus avós vão estar na praia. Então, fico bem animada. É o melhor campeonato do ano, com atletas do mundo inteiro, várias gerações. Vai ser bem legal”, garante Luna.>
Neymara concorda. "Na etapa de abertura do Circuito Mundial, no Marrocos, foi muito legal. Eu estava super tranquila. Ela acabou passando na minha frente e cai para a repescagem. Tive uma derrota precoce e a Luna foi indo bem e eu pude me dedicar a apoiá-la também. E para a etapa brasileira estamos treinando juntas. Ela tem um técnico, eu tenho a minha preparação individual na natação, no mar, no psicólogo também. Estamos fazendo isso aqui em casa. Tanto eu quanto ela. Competição vai ser boa, próximo momento de mãe e filha na água. As duas estão se preparando bem", conta.>
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