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Lançamentos e vendas de imóveis têm alta de 15% no 1° trimestre de 2025

Lançamentos e vendas de imóveis têm alta de 15% no 1º trimestre de 2025

Pesquisa da CBIC mostra que o volume total lançado nos últimos 12 meses chegou a 407.949 unidades, e as vendas acumuladas atingiram 418.136 unidades, um aumento de 22,5%

Publicado em 22 de maio de 2025 às 17:58

 - Atualizado há 6 meses

Comprar imóvel, valorização
Entre janeiro e março deste ano, foram vendidas 102.485 unidades residenciais em 221 cidades do país, um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2024 Crédito: Shutterstock

As vendas e os lançamentos de imóveis novos no Brasil subiram no primeiro trimestre de 2025, segundo o relatório Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Entre janeiro e março deste ano, foram vendidas 102.485 unidades residenciais em 221 cidades do país, um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2024, mas uma retração de 4,2% em relação ao trimestre anterior.

Já os lançamentos totalizaram 84.924 unidades, alta de 15,1% na comparação anual, mas queda de 28,2% na base trimestral. Os dados da CBIC mostram que o primeiro trimestre costuma ter menos lançamentos.

Segundo a pesquisa, o volume total lançado nos últimos 12 meses, na mesma amostra, chegou a 407.949 unidades, e as vendas acumuladas no período atingiram 418.136 unidades, aumento de 22,5% em relação ao ano anterior.

"Mesmo em um cenário de crédito caro, o brasileiro segue acreditando no investimento em moradia. A força do MCMV [Minha Casa, Minha Vida], aliada ao crescimento da renda e à estabilidade no emprego, sustenta esse desempenho positivo", disse Renato Correia, presidente da CBIC, em nota.

O programa de habitação do governo federal foi, segundo a entidade, o protagonista do trimestre, tendo representado por 53% dos lançamentos e 47% das vendas no período. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve uma alta de 40,9% nas vendas pelo MCMV e de 31,7% nos lançamentos.

Em um cenário de juros elevados, a maior presença do programa é explicada pelas condições de crédito mais acessíveis, com juros reais próximos de zero, e pelo aumento da participação de estados e municípios com subsídios adicionais.

A projeção da CBIC é de que o mercado imobiliário se mantenha em patamar elevado ao longo de 2025, especialmente com a consolidação da faixa 4 do MCMV, voltada para famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil mensais.

Segundo a entidade, o desafio está na capacidade de manter a oferta na mesma velocidade da demanda, especialmente no segmento popular.

"A resiliência do mercado imobiliário é evidente. A despeito da Selic elevada e das incertezas macroeconômicas, o desejo do brasileiro pela casa própria continua movendo o setor", disse Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e conselheiro da CBIC, em nota.

A oferta final de imóveis - calculada pela relação entre vendas, lançamentos e estoques disponíveis no mercado - totalizou 287.980 unidades em março de 2025, uma redução de 5,5% em relação ao estoque disponível no final de 2024. Com esse volume de estoque, sem considerar novos lançamentos, a CBIC estima um prazo de até oito meses para o escoamento total da oferta.

No MCMV, a oferta final atingiu 99.518 unidades, queda de 5,6% em comparação ao final de 2024. Com base na média de vendas dos últimos 12 meses, o tempo estimado para o escoamento da oferta é de 6,5 meses.

Já os preços médios dos imóveis tiveram alta de 1,9% no trimestre, acompanhando a variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) no período, o que segundo a entidade indica estabilidade nos valores praticados.

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