Conheça drinques capixabas para se inspirar neste verão

O que as Paneleiras e a Pedra Azul têm em comum? Esses e outros símbolos do Estado foram parar em bebidas criativas que são a cara da estação

A estação oficial do calor e dos drinques à beira-mar chegou chuvosa nesta terça, 21 de dezembro, mas o sol ainda vai brilhar bastante. E para entrar no clima do verão, convidamos você a dar uma refrescada nas ideias de um jeito bem capixaba, inspirando-se em coquetéis cheios de história para contar.   

Na Curva da Jurema, em Vitória, uma dupla resolveu empreender nas bebidas com criatividade e sem deixar o regionalismo de lado. André Sopon e Lucas Martins, do Babado Bar, usam elementos da nossa cultura para surpreender nos goles. Um dos drinques combina mexerica e coentro - bem capixaba, não é mesmo?

“Pensamos em uma coloração que remetesse à moqueca capixaba. Então, a mexerica foi a fruta principal. Depois fizemos uma investigação de hortaliças, aí lembramos do coentro, que usamos na culinária de mariscos”, explica Lucas. 

E assim foi criado o Madalena, que é servido de um jeitinho muito especial: em uma caneca de barro, revestida com as cores do céu do Espírito Santo. “Gostaria de ter uma intervenção capixaba ali, então lembrei da Jaque, a Jaqueline Gomes, que é uma paneleira de Goiabeiras”, completa. 

Foi um desafio, mas a experiente paneleira tirou de letra. “Caneca, Jesus, como é que eu vou fazer isso, meu pai? Aí peguei o barro, abri, com uma dificuldade imensa porque a mão da gente não cabe dentro da canequinha, até conseguir”, relembra Jaque. Quem assina a pintura das canecas é a artista plástica Marise Perin.  

Drinque capixaba do Babado Bar, em Vitória

O Pássaro de Fogo é servido na Curva da Jurema. Crédito: Carlos Palito/TV Gazeta

O drinque Pássaro de Fogo, feito com catuaba e cachaça, é inspirado em uma lenda capixaba sobre dois indígenas que se apaixonaram, mas, por serem de tribos rivais, não puderam viver esse amor. Ele, Guaraci, e ela, Jaciara, foram transformados em pedra pelo deus Tupã e colocados um de frente para o outro.

E essas pedras, quem são? Os montes Mochuara e Mestre Álvaro. A lenda conta que, no dia 24 de junho, um pássaro de fogo corta o céu do Espírito Santo unindo os indígenas apaixonados. Na receita, o abacaxi é de Marataízes e a cachaça de Alfredo Chaves, e a catuaba é servida à parte. A mistura dos ingredientes é o encontro de Guaraci e Jaciara. 

TURISMO NAS TAÇAS

Que tal "beber" a Pedra Azul? Ou a grande estátua do Buda, em Ibiraçu? O Convento da Penha? No bar A Casa Parrilla, em Vila Velha, pontos turísticos do Estado foram parar nas taças, que estão fazendo o maior sucesso. São os chamados coquetéis "instagramáveis", aqueles que antes de brindar é quase impossível não fotografar e postar na rede social.

Drinque com ponto turístico capixaba servido na Casa Parrilla Bar, em Vila Velha

Drinques com pontos turísticos do ES são opção em Vila Velha. Crédito: Carlos Palito/TV Gazeta

“Sempre priorizamos ter muita coisa do Espírito Santo, então, nada melhor do que levar, também para os nossos drinques, imagens do nosso Estado, dos principais pontos turísticos”, conta o sócio-proprietário Adalberto Mota.

Os bartenders da casa brincam com as cores. O drinque da Pedra Azul, claro, é azul, e os sabores são super diversos. Tem de morango, de maçã verde, de maracujá... Mas o mais curioso acaba sendo a foto impressa sobre a bebida. “Fazemos com papel de arroz e uma tintura comestível, e o pessoal pode tomar sem medo de ser feliz”, afirma o bartender Lucas Lamas.

*Com informações de Luanna Esteves, do Em Movimento.

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