Não é de hoje que os talentos capixabas têm se destacado mundo a fora. Dessa vez, os olofotes se viram para a arquiteta e designer Simone Villela e a designer Lucienne Barreto. Ambas foram selecionadas para participar e concorrer prêmios, expondo seus trabalhos em dois grandes eventos de decoração.
Com o objetivo de revelar novos talentos na área da decoração e potencializar o mercado, o Prêmio de Design Salão de Gramado é considerado o "Oscar" do design no Brasil. Neste ano, a bancada de jurados é composta pelos profissionais que atuam na área, como Bob Krell, Dimitri Lociks, Natasha Schlobach, Eleone Prestes, Leonardo Bueno e Thaíssa Wiezel.
A capixaba Simone Villela está inscrita na premiação com um projeto autoral na categoria de design de impacto positivo. Pensada para atender às necessidades de higiene e organização em um ambiente, a Chapeleira Clio teve sua ideia concebida dos vestígios pós-pandemia, onde as pessoas encontraram a necessidade de ter mais cuidado com os locais.
"Esse projeto é um hall de entrada para as pessoas, tanto as que residem no local, quanto os convidados, para que todos se sintam à vontade para trocar seus calçados, colocar um chinelo que pode ficar guardado dentro da 'chape' e guardar o calçado que eventualmente vai voltar pra rua", explica Simone.
Sobre as expectativas para conquistar o troféu, a arquiteta e designer pontua que muito além do prêmio físico, ser uma das selecionadas também é uma questão de honra, trazendo notoriedade para os capixabas que também atuam na área.
De Gramado para São Paulo, outro destaque capixaba que ganhou notoriedade foi a designer Lucienne Barreto. Ela teve seu projeto selecionado para ser exposto no evento de arquitetura, decoração e paisagismo, o Morar Mais SP 2023, uma mostra que foi criada no Rio de Janeiro em 2004 por Lígia Schuback e Sabrina Schuback Rocha. A inspiração nasceu de uma história real vivida por Sabrina ao decorar a primeira casa, com direito a todas as dúvidas de quem vivencia esta experiência.
Neste ano, o tema em destaque é a Neuroarquitetura, e o evento acontece em uma mansão com 3 mil m² cercada de verde, árvores centenárias e jardins. Priorizando a tranquilidade, o bem-estar, o respirar, o circular com leveza e conceitos básicos da neuroarquitetura, que se tornaram muito presentes no mundo pós-pandemia.
É uma área de estudos bem recente, que entrou em evidência durante o período de isolamento social na pandemia do coronavírus. A neuroarquitetura é uma ciência que aplica conceitos da neurociência na criação de espaços e ambientes. Ela vê o espaço além da questão funcional, já que estuda a relação entre o ambiente e as sensações que este produz no usuário, desde as cores, formas, texturas e até a iluminação.
Para a mostra, que vai até 2 de julho, Lucienne desenvolveu uma mesa lateral que remete a uma joaninha. A designer conta que projetos que inserem formas de animais em sua estrutura têm se tornado cada vez mais tendência.
"Está inspirado, logicamente, num inseto que carrega a questão da gratidão, a joaninha. Os sentimentos ficaram muito enfatizados na vida da gente a partir da pandemia. E a joaninha tem um conceito incrível que é a boa sorte, a felicidade, a espiritualidade, e que no cristianismo está ligado à Nossa Senhora", ressalta Lucienne.
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