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Rossi, goleiro argentino do Flamengo, pode buscar vaga na Seleção Brasileira? Entenda

Rossi, goleiro argentino do Flamengo, pode buscar vaga na Seleção Brasileira? Entenda

O 'hermano' está no Brasil desde 2023 e deu início ao processo para se tornar cidadão brasileiro

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 17:05

Rossi defendeu dois pênaltis contra o Estudiantes e classificou o Flamengo na Libertadores
Rossi defendeu dois pênaltis contra o Estudiantes e classificou o Flamengo na Libertadores Crédito: Gilvan de Souza/Flamengo

Agustín Rossi, goleiro do Flamengo, deu início ao processo para se tornar cidadão brasileiro. No Rubro-Negro desde 2023, o goleiro argentino tem vínculo com o clube até o término de 2027, mas pretende seguir vivendo no Rio de Janeiro por mais tempo. O apoio do clube para conseguir a cidadania é um fator que pode ajudar o atleta a acelerar o processo de naturalização. As informações são de Emanuelle Ribeiro, do ge.globo.

Mas já no processo de naturalização, Rossi está atento aos pré-requisitos solicitados pelo artigo 65 da Lei de Migração, Nº 13.445, de 24 de maio de 2017, que são os seguintes:

I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos;
III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e
IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.

O goleiro pode ter o tempo exigido de residência permanente no Brasil reduzido por conta de sua qualificação profissional reconhecida, além de ter laços familiares com a Região Sul do país.

Agustín Rossi, goleiro do Boca Juniors contratado pelo Flamengo
Agustín Rossi enquanto jogador do Boca Juniors, da Argentina Crédito: Boca Juniors/Divulgação

Rossi, goleiro do Flamengo,  poderia jogar pela Seleção Brasileira?

Para que um jogador naturalizado brasileiro atue pela Seleção Brasileira, além de ter adquirido a cidadania brasileira oficialmente, ele também não pode ter sido um atleta ativo de seleções de base ou principal de seu país de origem, cumprindo um período de carência de três anos após o último jogo pela seleção anterior. 

Em 2020, a Fifa flexibilizou as regras de mudança de nacionalidade, permitindo que jogadores defendam seleções diferentes das de origem, desde que, antes dos 21 anos, tenha jogado no máximo três partidas oficiais pela seleção principal. O atleta também não pode ter atuado em Copas do Mundo ou torneios continentais, como a Copa América no caso do goleiro Rossi.

A única vez em que o goleiro do Flamengo foi relacionado para um partida oficial da Argentina foi aos 26 anos, em duelo contra a Bolívia, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, em setembro de 2021. Porém, o argentino não entrou em campo, não contabilizando participação no jogo de acordo com as regras da Fifa. Portanto, caso seja convocado, Rossi pode defender as cores da Seleção Brasileira.

Atualmente, o arqueiro soma 126 jogos pelo Flamengo, com 63 partidas sem ser vazado, 86 gols sofridos e 8 pênaltis defendidos em 21 cobranças, um aproveitamento de 42,8%, o que coloca Rossi como um dos melhores do fundamento no futebol brasileiro e como uma justificativa para uma possível convocação de Ancelotti, até pensando em Copa do Mundo. Com as recentes lesões de Alison, do Liverpool, e Ederson, do Fenerbahçe, o trio de goleiros para 2026 segue como uma dúvida.

Rossi, do Flamengo, defende cobrança de pênalti
Rossi, do Flamengo, defendendo cobrança de pênalti Crédito: Reprodução

Outros jogadores que buscaram a naturalização

Rossi não é o primeiro argentino do Flamengo a buscar a cidadania brasileira. Há 49 anos, o ídolo rubro-negro Narciso Doval seguiu o mesmo caminho conseguiu se naturalizar. O atacante criou tamanha ligação com o Brasil que, em 1982, foi até a Espanha para apoiar a Seleção na Copa do Mundo.

Assim como Rossi, também há outro argentino em processo de natualização brasileira. O zagueiro ídolo do Grêmio, Kannemann defende o clube gaúcho desde 2016 e deu entrada no pedido de cidadania no ano passado. Os jogadores Adolpho Milman, D’Alessandro e Víctor Cuesta foram outros 'hermanos' que se tornaram cidadãos brasileiros.

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