Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 18:59
DOHA, CATAR - Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), tem dito que não está com pressa para definir o novo técnico da Seleção Brasileira. Ele vai decidir sozinho o contrato e tem trabalhado com o tempo a seu favor.>
O raciocínio do dirigente exposto a interlocutores é que não há motivo para apressar a escolha.>
A próxima data Fifa será em 20 de março. A equipe principal não terá nenhum torneio relevante no ano se as eliminatórias para o Mundial de 2026 não iniciarem logo. A princípio, a prioridade da entidade será a Copa do Mundo feminina, a ser disputada na Austrália e Nova Zelândia.>
A eliminação diante da Croácia, na Copa do Mundo do Catar, foi o último jogo de Tite no comando. Ele já havia decidido que não continuaria e quer realizar um antigo sonho de trabalhar no futebol europeu, desde que seja em um país cuja língua domine.>
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Quando comandava o Corinthians, o técnico acreditava ser capaz de ir para a Itália, porque fala o idioma em um nível aceitável. Desde então, tem estudado inglês.>
Desde que Tite anunciou que não continuaria, emissários telefonaram, em nome da CBF, para técnicos estrangeiros, com base na crença de que o novo escolhido não seria brasileiro. Representantes de Carlo Ancelotti, José Mourinho e Abel Ferreira receberam sondagens, mas nada avançou.>
Como publicou o site UOL, Ancelotti se mostrou disposto a conversar, mas apenas a partir de junho de 2023, após a temporada europeia. Ele tem contrato com o Real Madrid.>
Os contatos não foram feitos por Ednaldo Rodrigues. Ele quer definir o assunto apenas em janeiro e deve viajar para a Bahia nos próximos dias para passar os feriados de final de ano.>
A seleção principal masculina vai passar por reformulação que vai além do cargo de técnico.>
Outro coordenador de seleções será contratado. Rodrigues não era fã de Juninho Paulista, que desempenhou a função até a Copa do Catar, mas evitou fazer mudanças para não balançar o barco antes do torneio.>
Para evitar ser responsabilizado por eventual derrota, ele instruiu os diretores a atenderem todos os pedidos da comissão técnica.>
O espaço em que eles trabalhavam, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, era até evitado por outros funcionários.>
As mudanças vão passar pela coordenação de seleções, comissões técnicas e assessores.>
A contratação de um técnico estrangeiro não é a solução dos sonhos do presidente da CBF. Ele gostaria de um nome nacional, mas concorda que não há ninguém considerado incontestável para substituir a Tite.>
Jogadores históricos da Seleção e ex-presidentes se colocaram à disposição para dar opiniões e auxiliarem no processo. O último a fazer isso foi Ronaldo, em entrevista no Catar.>
O ex-atacante falou que veria com bons olhos a contratação de um estrangeiro, mas voltou a elogiar o trabalho de Fernando Diniz.>
A constatação é que qualquer nome escolhido será questionado, por isso Rodrigues não quer ouvir ninguém. Vai tomar a decisão do novo técnico sozinho porque acredita ser essa a prerrogativa do seu cargo. E que outros presidentes do passado fizeram o mesmo.>
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