Cultivo da Cannabis deve ser liberado? Leitores opinam

Anvisa  aprovou venda de produtos à base de Cannabis para fins medicinais no país, mas vetou o plantio. Segundo estudos de startup, Brasil tem potencial para se tornar um grande exportador da planta, matéria-prima para a produção de vários produtos

Publicado em 26/12/2019 às 16h01
Atualizado em 26/12/2019 às 16h02
Devido à alta produtividade da erva, a Cannabis é uma opção para a indústria de papel e celulose. Crédito: Terre Di Cannabis/ Pixabay
Devido à alta produtividade da erva, a Cannabis é uma opção para a indústria de papel e celulose. Crédito: Terre Di Cannabis/ Pixabay

No início do mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa ) aprovou novas regras para registro de produtos à base de Cannabis para fins medicinais no país. A medida permite que empresas obtenham aval para venda desses produtos em farmácias, mas o cultivo foi vetado e enfrenta críticas do governo, em especial do ministro da Cidadania, Osmar Terra.

Pesquisadores e organizações não governamentais, no entanto, defendem a liberação do cultivo, como forma de baratear tratamentos. Além disso, a planta pode ser usada como matéria-prima para uma infinidade de produtos. 

O enorme potencial agrícola e as condições climáticas favoráveis para o cultivo de Cannabis podem tornar o Brasil um grande exportador da planta, segundo pesquisa feita pela ADWA Cannabis, startup voltada para o desenvolvimento de tecnologias para cadeia produtiva da erva.

Devido à alta produtividade da erva, que pode chegar a 12 toneladas de celulose por hectare, a Cannabis é uma opção para a indústria de papel e celulose, por exemplo, diz o estudo da startup. Apesar dos números, o assunto ainda é cercado de tabus.

Nas redes sociais de A Gazeta, a liberação para o plantio da Cannabis foi bastante debatida. Confira alguns comentários:

Nos estados norte-americanos que liberaram o cultivo, a arrecadação bate recordes! E outra, existe o cultivo do cânhamo também, que tem a melhor produtividade por metro quadrado para a celulose. (Marcio Costa)

Mais famílias desesperadas com filhos dependentes e agressivos. (Paulo Lourenço)

O Brasil pode ser o celeiro do mundo, mas o sujeito quer que plantemos maconha. Putz! (Wellington Dettmann)

Fala isso para uma mãe que tem um filho com diversas convulsões, para as quais remédios convencionais demoravam horas para surtir efeito, e o óleo de cannabis parava as convulsões em poucos minutos... explica para ela. Claro que seus filhos jamais passaram por isso. (Anderson Ramos Silva)

O grande erro é não mencionar o cultivo da Canabis sativa. Enquanto se falar “maconha”, realmente o cultivo da Canabis sativa, planta que dá origem à maconha, não será liberado mesmo. Enquanto essa planta for vista apenas como matéria-prima da maconha, não será liberado mesmo. A partir do momento que o assunto for tratado devidamente, aí estaremos caminhando para a liberação do cultivo da Cannabis para fins medicinais. (André Campagnaro)

Quanto preconceito com uma planta que não tem culpa de existirem pessoas que usam para se drogar. Dependendo da doença, nenhum remédio é bom como a Cannabis. É menos agressiva que os medicamentos. As pessoas falam e se entopem de Rivotril… (Angelita Demoner Zanotti)

A Cannabis é uma planta utilizada para diversas outras coisas. Dele podem-se extrair 25 mil produtos de uso essencial para a sociedade moderna, como roupas, calçados, produtos de beleza, óleo de cozinha, chocolate, sabão em pó, papel, tintas, isolantes, combustível, material de construção, carrocerias de carro. A Cannabis é uma matéria-prima valiosa para a indústria mundial. Tem noção disso!? Seria uma grande conquista para o Brasil. (Loh Feijó Andrade)

Essa droga é a porta de entrada para uma vida de desgraças! Quem neste país não tem a história de um parente ou amigo desgraçado pelo vício! Poupe-me! (Leonardo Holzmeister)

O povo não consegue ler e interpretar texto, imagina discernir liberação de uso recreativo e de uso medicinal! Cada vez menos acredito no Brasil por isso! As pessoas tomam suas bandeiras ideológicas e defendem como se fossem primordial para a vida, enquanto isso não temos saúde, educação, infraestrutura. (Wesley Barros)

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