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Palmeiras e Santos desembarcam para a inédita final paulista da Libertadores

Como ocorria na histórica rota comercial da aviação brasileira, as delegações dos dois times deixaram a capital paulista com destino ao Rio de Janeiro, onde decidem a competição continental neste sábado (30), no Maracanã

  • Murilo Cuzzuol
Publicado em 30/01/2021 às 08h00
Atualizado em 30/01/2021 às 08h01
Libertadores
Marinho e Gustavo Gomez são duas lideranças técnicas para Santos e Palmeiras, respectivamente, na decisão deste sábado (30). Crédito: Divulgação/Santos e Palmeiras

A Ponte Aérea Rio-São Paulo foi criada no criada em 1959 e consistia em um acordo firmado entre as principais empresas da aviação comercial brasileira, no qual o passageiro poderia se decolar dos Aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dummont (RJ) sendo transportado por qualquer uma das operadoras da rota.

Essa facilidade no transporte aéreo facilitava o deslocamento de milhares de pessoas diariamente entre as duas capitais. Foi assim até o início da década de 90, quando o ingresso de uma nova companhia, a TAM, enfraqueceu esta facilidade logística. Ainda assim, o termo "ponte aérea" segue utilizado para simbolizar a movimentação de pessoas entre as cidades.

Foi justamente por meio desta rota que as delegações de Palmeiras e Santos aportaram em aviões personalizados com os respectivos escudos na capital fluminense nesta semana, onde decidem, neste sábado (30), a partir das 17h, a final da Libertadores da América de 2020.

Mas diferentemente dos milhares de passageiros que faziam a rota todos os dias, desta vez os aviões vieram "vazios". A pandemia do novo coronavírus impediu que adeptos dos arquirrivais lotem o "maior do mundo" na inédita final paulista da competição continental.

NAS ALTURAS

Se não poderão contar com a energia dos torcedores, Palmeiras e Santos esperam voar alto, como em um voo de cruzeiro, após o apito final. Ao Alviverde, o título significaria o fim de um jejum longo, que perdura desde 1999, quando conquistou a América pela única vez. O Alvinegro Praiano tem mais intimidade com esta taça. Na sala de troféus, já são três deles e caso chegue ao quarto, tornará o Peixe como o maior campeão brasileiro do torneio (está empatado com São Paulo e Grêmio).

Aviação
Os aviões que levaram as delegações de Santos e Palmeiras de São Paulo até o Rio foram personalizados com os escudos dos dois times. Crédito: Divulgação/Contato Radar e Gabriel Melo/Aeroflap

Ainda aproveitando a analogia aérea, o Santos aposta na artiharia pesada munida do "mini-míssel aleatório" do atacante Marinho, e também na agilidade do baixinho Soteldo, similar a de um caça supersônico, para superar o oponente. Só que isto pode não ser suficiente, visto que como em um bom porta-aviões, a defesa do Palmeiras é uma fortaleza e conta com a liderança do capitão paraguaio Gustavo Gomez, além da segurança do goleiro Everton.

3 títulos

O Santos venceu a Libertadores em 1962, 1963 e 2011

No ataque, o Verdão também tem as próprias armas. Se não pode contar com um armamento de alta letalidade como é Marinho para Santos, o time palestrino avança como um bombardeiro. Similar ao histórico e icônico B-52, o Palmeiras é capaz de atacar com muitas ogivas, ou seja, dispõe de bons nomes do meio para frente para chegar ao gol santista em quantidade e qualidade, casos de Raphael Veiga, Luiz Adriano e Willian Bigode.

Como em uma batalha aérea, o vencedor pode ser decidido pela alto. Ambos os times contam com ótimos cabeceadores e em uma partida que se desenha tensa e muito disputada, saber atacar por cima é primordial.

1 taça

O Palmeiras foi campeão continental em 1999

Fato é que assim como em uma guerra, apenas um deles sairá de campo como vitorioso e marcado na história. Agora é aguardar pelos 90 minutos para saber se o grande campeão será o esquadrão santista ou pelotão palmeirense.

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