Publicado em 21 de setembro de 2018 às 20:12
O candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, agradeceu nesta sexta-feira (21) à ex-mulher Patrícia Pillar por ter o defendido nas redes sociais diante de fake news em que ela aparecia em uma foto dizendo que tinha apanhado dele. O presidenciável disse que vai se vingar desse episódio protegendo a sociedade do "nazifascismo" que o Jair Bolsonaro (PSL) representa.>
"O povo brasileiro precisa se vacinar porque, a três semanas o que vai acontecer, é todo tipo de molecagem, de canalhice, porque esse é o momento em que parte da sociedade brasileira está infelizmente sendo vitimizada e ao mesmo tempo sendo algoz. É uma coisa extremamente vergonhosa que você pegue uma senhora, apesar de muito jovem, e a envolva, tendo sido minha ex-mulher, uma pessoa que tem toda a respeitabilidade do Brasil inteiro e de quem sou separado e em quem me transformei num melhor amigo há mais de 15 anos, e desrespeitá-la na sua vida pessoal, que nada tem a ver com a política. Eu vou resolver isso, eu vou me vingar disso protegendo o povo brasileiro, especialmente as mulheres, contra o nazifascismo que o senhor Bolsonaro representa", afirmou.>
Nessa semana, Patrícia Pillar destacou nas redes sociais que teve a imagem usada para divulgar notícias falsas e favorecer um candidato em quem "jamais" votaria, em referência a Bolsonaro. A atriz frisou que nunca foi alvo de qualquer tipo de violência. Em outro vídeo, Patrícia também declarou voto no ex-marido.>
Em ato de campanha no Núcleo Bandeirante, região administrativa do Distrito Federal, Ciro ainda debochou da carta de Fernando Henrique Cardoso, em que o ex-presidente defende unidade contra partidos, dizendo que é mais fácil um boi voar de costas do que Geraldo Alckmin receber o apoio dos demais candidatos em prol de um caminho conciliatório nas eleições, como sugeriu o ex-presidente tucano em carta, ontem. Para Ciro, FH está na verdade já se preparando para votar em Fernando Haddad (PT), com quem mantém relação amistosa.>
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"É muito mais fácil um boi voar de costas. O FHC não percebe que ele já passou. A minha sugestão para ele, que ele merece, é que troque aquele pijama de de bolinhas que está meio estranho por um pijama de estrelinhas. Porque, na verdade, ele está preparando o voto no Haddad, porque ele não tem respeito a nada e a ninguém, a não ser ao seu próprio ego", disse a jornalistas.>
Ciro também aproveitou para alfinetar outros dois oponentes: Haddad e Jair Bolsonaro (PSL), líderes das pesquisas. Sobre Bolsonaro, o presidenciável afirmou que tem que ser muito inocente para acreditar que, se o ex-capitão do Exército for eleito, ouvirá o economista Paulo Guedes, principal conselheiro de Bolsonaro na área econômica, por mais de 15 dias.>
"Tinha uma propaganda no interior do Ceará que era feita pelo Nezinho do Jegue que dizia assim: só burro não toma Castaniodo. Só uma pessoa muito inocente, doida pra ser enganada, acredita que o Bolsonaro vai dar 15 dias de atenção ao Paulo Guedes. Paulo Guedes é um ultraliberal, entreguista completo, e não é que o Bolsonaro não seja também. O Bolsonaro simplesmente não tem coragem para confrontar a onda de repulsa que a sociedade brasileira levantaria contra a entrega aos estrangeiros da Petrobras", afirmou.>
Em seguida, quando perguntado por um jornalista sobre sua estratégia para tentar "roubar" os votos de Haddad, brincou que essa era uma palavra "forte" em se tratando do PT. Ciro se posiciona no mesmo campo político de Haddad, mas no último Datafolha apareceu em terceiro lugar, com 13%, atrás de Bolsonaro, com 28% e Haddad, com 16%. O candidato pontuou que quer se apresentar ao eleitorado como alguém que pode "salvar o Brasil" da "radicalização odienta".>
"Olha, roubar é uma palavra muito forte, especialmente falando do PT, então eu não posso concordar com essa sua palavra. Fiz uma ironiazinha legal aqui. Foi danadinha, né? Porque eu botei na sua boca e tal. Agora, francamente eu não acho que o voto pertença a ninguém. Eu estou tentando mostrar para as pessoas que aquele que acumulou a experiencia, a ficha limpa a proposta e o projeto e a condição de encerrar essa radicalização odienta que não deixa o Brasil trabalhar e machuca os mais pobres sou eu", disse.>
Em discurso na praça central do Núcleo Bandeirante, onde se aglomeraram militantes, Ciro também foi nessa linha, afirmando que entende os que sentem ódio e revolta, mas se apresentando como um ficha limpa que quer encerrar o ciclo de brigas entre amigos e familiares. Em contraponto com as opções que representam o extremismo. Dessa vez ele não citou o nome de nenhum oponente.>
"Revolta sem causa só gera ódio, só gera violência e isso é o que temos assistido no Brasil. Amizades se desfazendo, jovens brigando, famílias se desunindo e isso não podemos aceitar a resposta da radicalização, do militarismo, da segregação das mulheres, do preconceito contra os negros, ou com quem tem outro tipo de religião. Vamos oferecer ao Brasil, com alegria, com entusiasmo, uma saída que liberte o nosso povo dessa dança perigosa que os extremistas estão nos convidando a dançar na beira do abismo", discursou.>
Ele estava acompanhado do governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição. >
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